Ágape

O termo ágape, em grego αγάπη, é um termo normalmente traduzido como amor quanto também indica uma refeição festiva entre os primeiros cristãos.

No grego ático utilizado pelos filósofos, ágape denotava o amor sentido pelos membros de sua família e grupo de afinidade.

Na Septuaginta, agape e seus cognatos traduzem uma variedade de palavras hebraicas para amor. Ocorre mais de 250 vezes, mais frequentemente como uma tradução de ahab, a palavra hebraica mais comum para amor. No Novo Testamento ganha conotações de amor incondicional, desinteressado e perfeito.

Ágape, também conhecida como “festa do amor” era uma refeição em comum nas primeiras igrejas cristãs. A ágape aparece em 1 Coríntios 11:17-22 e Judas 12, possivelmente é aludida em Atos 2:46–47.

Paulo corrige a igreja em Corinto contra as discriminações socioeconômicas na refeição da ágape. Condena que alguns festejassem enquanto outros passavam fome (1 Coríntios 11:17-22). O apóstolo instrui que tais distinções anulam o propósito da refeição, o qual seria trazer unidade. Após essa correção, Paulo passa a falar da Santa Ceia (1 Coríntios 11:23-26). Esse trecho e testemunhos posteriores indicam que as igrejas primitivas seguiam o modelo da da última ceia, incluindo tanto uma refeição de comunhão e a celebração da Santa Ceia.

Também servia para a atender as necessidades alimentares dos mais pobres (Tertuliano, Apologia 39).

Afresco de uma ágape. Tumba de Víbia. Catacumbas de Domitília, Roma.

BIBLIOGRAFIA

Alikin, Valeriy A. The Earliest History of the Christian Gathering: Origin, Development and Content of the Christian Gathering in the First to Third Centuries. Leiden: Brill, 2010.

Finger, Reta Halteman. Of Widows and Meals: Communal Meals in the Book of Acts. Grand Rapids: Eerdmans, 2007.

Stutzman, Paul Fike. Recovering the Love Feast: Broadening Our Eucharistic Celebrations. Eugene, Oreg.: Wipf and Stock, 2011.