Seol, sheol, derivado da palavra hebraica שְׁאﯴל (She’ol), é um termo proeminente na Bíblia Hebraica, comumente referindo-se à morada dos mortos. A ambiguidade levou a variações, sendo traduzido como “sepultura” e “inferno”. A etimologia permanece incerta, com sugestões que vão desde o verbo “pedir” até “oco”.
Descrito na literatura sapiencial, o seol é um submundo sombrio, um lugar de escuridão, silêncio e esquecimento. Seria uma morada para todos, independentemente da posição moral. No seol, os mortos existem como sombras.
O conceito hebraico compartilha semelhanças com crenças vizinhas, evidentes em paralelos com o Hades da mitologia grega e o Irkalla mesopotâmico. O seol é retratado como um local subterrâneo, com portões e águas subterrâneas. Apesar da sua escuridão, o seol não está fora do alcance de Deus, como sugerido nos Salmos e em Jó.
No Antigo Testamento, pouca distinção é feita entre o destino dos justos e dos ímpios no seol. No entanto, com o tempo, os escritos judaicos começaram a explorar a ideia de separação e ressurreição dentro do seol.
O contexto mais amplo do antigo Oriente Próximo revela conceitos comparáveis, como a associação do deus cananeu Mot com a morte e a destruição.
A evolução do seol sugere uma compreensão dinâmica, refletindo mudanças no pensamento teológico. Quer seja visto como uma morada sombria ou como uma etapa na jornada em direção a uma vida após a morte mais complexa, o seol continua a ser um conceito crucial nas antigas sociedades do Médio Oriente.
