Anticristo significa contra Cristo ou no lugar de Cristo. Aparece em 1 Jo 2:18, 22; 4;3; 2 Jo 7 para tipicar a negação da messianidade e encarnação de Jesus Cristo.
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Campegius Vitringa
Kempe Vitringa (Campegius Vitringa) (1659-1722) exegeta reformado holandês.
Estudou em Franecker e Leiden. Lecionou línguas orientais e depois teologia e história da Igreja em Franecker.
Vitringa produziu um comentário de Isaías, combinando sentidos gramatical e alegórico. Comentou o livro de Apocalipse em um esquema historicista.
Escreveu Doctrina christianae religionis, per aphorismos summatim descripta, reelaborada como Hypotyposis theologiae elencticae.
Sua hermenêutica foi influenciada pela racionalidade de Grotius (1583-1645), pela filologia de De Dieu (1590-1642) e pela alegoria profética de Johannes Cocceius.
Com Joseph Mede (1586-1638), Vitringa foi um dos proponentes de um pré-milenarismo, fazendo retorno dessa perspectiva na escatologia.
Pontos de Doutrina 11 e 12: Retorno do Senhor e glória eterna
Doutrina da volta de Jesus Cristo e da glória eterna.
Johann Albrecht Bengel
Johann Albrecht Bengel (1687 – 1752) foi um teólogo e comentarista do Novo Testamento alemão.
Nascido no ducado de Württemberg, foi influenciado pelo pietismo dessa região. Tornou-se professor e administrador no seminário luterano.
Produziu uma edição crítica do Textus Receptus do Novo Testamento (1734), anotando diferentes gradações de autoridade nas variantes textuais. Para tal, utilizava um engenhoso código de classificação da autoridade textual. Nas notas de rodapé havia listado leituras encontradas em diversas fontas, classificadas em cinco letras do alfabeto grego. A letra α indicava a leitura que considerava a melhor ou a verdadeira; β, uma leitura melhor que a do texto; γ, um igual à leitura textual; e δ, leituras inferiores às do texto.
Como biblista, escreveu o Gnomon Novi Testamenti, o qual inspirou as Notas explanatórias sobre o Novo Testamento de John Wesley. Publicado em 1742 depois de vinte anos de pesquisa, modestamente intitula como um gnomon ou índice. Consistia em uma coleção de anotações exegéticas breves e opiniões eruditas a cada passagem, virtualmente comentando verso a verso. O propósito seria guiar o leitor para verificar o significado por si mesmo. Propunha não importar nada de doutrina para a Escritura, mas extrair dela todo o entendimento teológico. Desse modo, inicia uma abordagem indutiva de hermenêutica bíblica.
Cunhou o conceito de famílias textuais de manuscritos. Utilizou duas famílias, uma africana ou alexandrina e outra constantinopolitana ou asiática que compreendia todas as outras variantes.
Estabeleceu dois cânones para a ecdótica bíblica: “o texto mais curto tende ser o mais antigo e melhor” e a “leitura mais difícil é a preferível”.
Seu interesse escatológicos o fez prever o início do milênio para 1837 e provocou ruptura com os morávios, aos quais rejeitavam esquemas e especulações sobre as últimas coisas.
Escatologia
A escatologia é tanto (1) a expectativa para o futuro, quer momento de intervenção divina dramática na História, quer para além da vida; quanto (2) o estudo sistemático dessas expectativas.
Textos apocalípticos e proféticos constituem importantes fontes para a compreensão da escatologia.
Como disciplina acadêmica, discorre sobre o conjunto de interpretações que acerca da existência após a morte, o fim da história, o fim do cosmos, o juízo, a glória eterna e a punição do mal. Como disciplina acadêmica, discute o reino de Deus em seus aspectos presente e vindourou. Há alguns autores e grupos que enfocam nesse mundo e outros nos céus e nova Terra.
Pré-milenarismo
O pré-milenismo ou pré-milenarismo é uma teoria interpretativa que entende Apocalipse 20:1-6 como retorno de Cristo à Terra antes do milênio, quando reinará mil anos na terra antes do juízo final.
A maioria dos pré-milenistas acredita que mil anos designam um período literal de tempo, mas não necessariamente, pois há quem acredite que os mil anos sejam uma hipérbole para um período longo e indeterminado.
Outras doutrinas também associadas ao pré-milenarismo são a distinção entre Igreja e Reino, o retorno iminente de Jesus
Os adeptos dessa interpretação estão divididos entre pré-milenistas históricos e dispensacionais. Os pré-milenistas históricos, prevalentes na era patrística ante-nicena, esperavam a completude do Reino em seus dias. Já os pré-milenistas dispensacionalistas esperam o milênio dentro de uma série pré-estabelecida de eventos, vendo o retorno de Jesus em duas fases, além de tenderem a esperar um arrebatamento coletivo antes de um período de tribulação (pré-tribulacionismo).
Quiliasmo
Doutrina que haverá um reino divino na Terra por um milênio, conforme interpretação de Apocalipse 20:1-6.
As teorias escatológicas que consideram a existência literal do reino milenar são o pré-milenarismo (crença que Cristo reinará por mil anos antes do juízo final), pós-milenarismo (crença que a segunda vinda de Cristo e o juízo final serão precedidos por um reino de mil anos). Já o amilenarismo é o nome dado às teorias que consideram que o reino de Cristo será nos céus ou algo simbólico.