Sóstenes, nome derivado talvez de “salvador de sua nação” (Σωσθένης, talvez uma forma de Σωσι-έθνης), era um judeu que residia em Corinto durante o primeiro século aC.
Em Atos 18:12-17, Sóstenes é apresentado como o líder da comunidade judaica em Corinto. Seria um chefe da sinagoga após a conversão de Tito Justo. Ele, junto com outros judeus, acusa o apóstolo Paulo de cultuar a Deus de forma contrária a lei perante o procônsul romano Gálio. No entanto, Gálio rejeita o caso, recusando-se a intervir em questões religiosas. Depois disso, Sóstenes é inexplicavelmente agarrado e espancado por uma multidão. A razão exata do seu ataque e se a multidão era de judeus ou gentios permanecem ambígu. Há teorias que sugerem a insatisfação judaica com a sua incapacidade de levar Paulo a julgamento ou o ressentimento dos gregos em relação a um judeu que causou discórdia na sua cidade.
O nome Sóstenes reaparece na saudação da Primeira Epístola de Paulo aos Coríntios (1 Coríntios 1:1-3) como coautor da carta. Aqui, Sóstenes é referido como “nosso irmão”, o que implica uma conexão cristã. Não está claro se este Sóstenes é a mesma pessoa mencionada em Atos ou se o nome era simplesmente comum na região. Se de fato fosse o mesmo indivíduo, a conversão de Sóstenes ao cristianismo teria ocorrido após os eventos de Atos, possivelmente durante as viagens subsequentes de Paulo. Sua menção no início da epístola indica ter uma autoridade moral entre os destinatários, o que reforça a hipótese de se ser o mesmo Sóstenes que exercia liderança em Atos 18.
Tradições adicionais sugerem que o Sóstenes mencionado em 1 Coríntios 1:1 pode ter sido um dos setenta discípulos de Jesus e mais tarde tornou-se bispo na Igreja de Colofão, localizada na Jônia. No entanto, esses detalhes carecem de confirmação histórica.
