Teurgia

Teurgia (grego theurgias) eram os rituais surgido nas escolas do platonismo médio para invocar uma ou mais deidades com o objetivo de aperfeiçomento pessoal.

É associada a Iâmblico da Síria e seu livro Sobre o Mistério, bem como aparece nos Oráculos Caldeus e nos Papiros Mágicos.

A crença subjacente era que o corpo humana poderia tornar-se animado com os deuses.

BIBLIOGRAFIA

STEINHART, E. (2020). Theurgy and Transhumanism. Archai 29, e02905.

Impanação

Impanação, do latim impanatio, “incorporado no pão”, é uma teoria da presença real do corpo de Jesus Cristo no pão consagrado da Eucaristia. Contudo, rejeita mudança na substância do pão ou do corpo.

Análogo à doutrina da encarnação de Cristo, Deus teria se feito pão na Eucaristia. Portanto, os atributos divinos de Cristo seriam partilhados pelo pão eucarístico através do seu corpo.

Acredita-se que Ruperto de Deutz, Berengário de Tours e João de Paris tenham ensinado esta doutrina.

Transignificação

A transignificação é uma tentativa de articular a doutrina católica de transubstanciação em termos de metafísica e semiologia contemporâneas.

Em suma, transfignificação postula que o pão e o vinho não alteram fisicamente sua realidade, mas a transformação ocorre na realidade de significância. Em comum com o memorialismo, considera aspectos simbólicos dos elementos da santa ceia.

Entre seus proponentes, destaca-se Edward Schillebeeckx, mas foi rejeitada por uma encíclica de Paulo VI.

Transubstanciação

Transubstanciação, do latim transubstantiatio e equivalente ao grego μετουσίωσις metousiosis, é a perspectiva da Igreja Católica Romana que na eucaristia (Santa Ceia do Senhor) há a mudança de toda a substância do pão na substância do Corpo de Cristo e de toda a substância do vinho na substância do Sangue de Cristo. Contudo, as características exteriores do pão e do vinho permanecem inalteradas.

Como bases bíblicas para tal perspectiva são citados João 6:32-58; Mateus 26:26; Lucas 22:17-23; e 1 Coríntios 11:24-25.

Essa doutrina foi afirmada no Quarto Concílio de Latrão em 1215. Entretanto, durante a Reforma foi criticada. As alternativas protestantes. A crítica se deu principalmente porque fomentava a adoração eucarística como idolatria e um “ressacrifício” contínuo de Jesus Cristo. Os reformadores apontaram que Jesus morreu “uma vez por todas” e não precisa ser sacrificado novamente (Hebreus 10:10; 1 Pedro 3:18). Em razão disso, em 1551, o Concílio de Trento declarou que a doutrina da transubstanciação é um dogma de fé católico romano.

BIBLIOGRAFIA

Igreja Católica Apostólica Romana. Catecismo. Secção 1376.