Ludwig Haetzer (1500-1529) foi um erudito, hinista, pioneiro anabatista suíço, além de um de seus primeiros teólogos.
Pouco se sabe de sua origem (por muito tempo especulou-se que era de origem valdense, mas sem provas). Estudou sem se graduar na Universidade de Basileia e dominava latim, grego e hebraico.
Provavelmente ordenado padre católico em Constança, foi capelão próximo a Zurique. Por volta de 1520-1523 teve contato com a Reforma e escreveu um panfleto contra as imagens nas igrejas.
Haetzer esteve nas disputas de Zurique em 1523. Foi um dos primeiros defensores de empregar a Bíblia como autoridade para dirimir disputas doutrinárias. Propagou as ideias de Karstadt e Zwingli sobre os sacramentos, ganhou oposição dos adeptos da posição luterana.
Passou o ano de 1525 envolto em vários debates, reconciliações e polêmicas. Socializou-se e envolveu-se com líderes anabatistas, embora sua posição no movimento não fosse muito clara. Sua esposa, Apolônia, era uma anabatista.
Publicou um prefácio do Livro de Baruque e defende sua canonicidade. No final de sua vida passa a considerar o testemunho do Espírito Santo no crente como superior à pregação ou ao texto bíblico.
Em novembro de 1528, as autoridades Augsburg exigiu que o conselho de Constança prendesse Haetzer. Foi acusado de imoralidade em termos vagos e foi condenado à morte. Foi executado no mesmo local que Jan Huss.