Margret Hottinger

Margret Hottinger (?-1530) foi uma reformadora, pregadora, pioneira e mártir anabatista suíça.

Filha de um camponês alfabetizado, por volta de 1525 sua família esteve entre os organizadores da primeira congregação anabatista em Zollikon, a três quilômetros de Zurique. Em 30 de janeiro foram presos 31 anabatistas. Diante desssa perseguição, Margaret decidiu-se ser batizada.

Margret Hottinger começou a pregar e a profetizar na congregação de Zollikon, inclusive falando em línguas. A jovem foi presa pelas autoridades de Zurique em novembro de 1525, junto de outros líderes como Conrad Grebel, Félix Mantz, Jorge Cajakob, Miguel Sattler e Martín Linck.

No processo Margret Hottinger declarou que “o batismo infantil estava errado e o dos crentes estava correto. Também pediu às autoridades que provassem a validade do batismo infantil e que, se o fizessem, ela estaria disposta a renunciar [de suas crenças].” Depois de um longo período na prisão, foi solta na condição de abjurar ao anabatismo.

Em 1530, percebendo que as condições estavam piorando, a família de Margret e outros anabatistas decidiram migrar para a Morávia. Contudo, foram presos no caminho próximo a Ravensburg, já na Alemanha. Margret e seu pai foram condenados à morte, seu irmão Felix foi poupado devido ser jovem demais. Jakob Hottinger foi decapitado e Margret afogada.

BIBLIOGRAFIA

Snyder, C. Arnold, and Linda A. Huebert Hecht, eds. Profiles of Anabaptist Women: Sixteenth-Century Reforming Pioneers. Vol. 3. Wilfrid Laurier Univ. Press, 2010.

Ludwig Haetzer

Ludwig Haetzer (1500-1529) foi um erudito, hinista, pioneiro anabatista suíço, além de um de seus primeiros teólogos.

Pouco se sabe de sua origem (por muito tempo especulou-se que era de origem valdense, mas sem provas). Estudou sem se graduar na Universidade de Basileia e dominava latim, grego e hebraico.

Provavelmente ordenado padre católico em Constança, foi capelão próximo a Zurique. Por volta de 1520-1523 teve contato com a Reforma e escreveu um panfleto contra as imagens nas igrejas.

Haetzer esteve nas disputas de Zurique em 1523. Foi um dos primeiros defensores de empregar a Bíblia como autoridade para dirimir disputas doutrinárias. Propagou as ideias de Karstadt e Zwingli sobre os sacramentos, ganhou oposição dos adeptos da posição luterana.

Passou o ano de 1525 envolto em vários debates, reconciliações e polêmicas. Socializou-se e envolveu-se com líderes anabatistas, embora sua posição no movimento não fosse muito clara. Sua esposa, Apolônia, era uma anabatista.

Publicou um prefácio do Livro de Baruque e defende sua canonicidade. No final de sua vida passa a considerar o testemunho do Espírito Santo no crente como superior à pregação ou ao texto bíblico.

Em novembro de 1528, as autoridades Augsburg exigiu que o conselho de Constança prendesse Haetzer. Foi acusado de imoralidade em termos vagos e foi condenado à morte. Foi executado no mesmo local que Jan Huss.