Um tratado escrito do início do século II d.C. sobre como relacionar a vontade de Deus a partir de Cristo e discorre sobre a relação de Deus com os judeus.
Mais tarde falsamente atribuído (pseudoepígrafa) a Barnabé, companheiro de Paulo, emprega uma interpretação alegórica do Antigo Testamento, o qual aponta para Cristo.
Há um tom antijudaico. As leis mosaicas nunca deveriam ter ser guardadas literalmente, e Israel perdeu sua aliança com Deus porque entendeu mal o leis, cometeu idolatria e ainda desobedeceu-a.
A morte de Cristo na cruz teria sido um sacrifício que cumpre um plano traçado no Antigo Testamento. Somente os cristãos entendem o verdadeiro significado das Escrituras, sendo os herdeiros verdadeiros e pretendidos da aliança de Deus. Enfatiza a natureza urgente da tempo presente e a necessidade de os cristãos perseverarem e viverem corretamente para experimentar a salvação.
O autor emprega 1 Enoque, Sabedoria de Salomão, 4 Esdras, além de vários escritos desconhecidos como Escrituras. Aparece como canônico em Clemente de Alexandria e no Codex Sinaiticus.
É provável que tenha sido escrito em Alexandria, entre a destruição e reconstrução de Jerusalém, ou seja, entre 70 e 135 d.C.
BIBLIOGRAFIA
Foster, Paul. “Commentary on the Epistle of Barnabas.” Expository times 134, no. 1 (2022): 21-23.
Rhodes, James N. “The Two Ways Tradition in the “Epistle of Barnabas”: Revisiting an Old Question.” The Catholic Biblical Quarterly 73, no. 4 (2011): 797-816.
Smith, Julien C.H. “The Epistle of Barnabas and the Two Ways of Teaching Authority.” Vigiliae Christianae 68, no. 5 (2014): 465-97.
2 comentários em “Epístola de Barnabé”