Charles Grandison Finney (1792-1875) foi um revivalista e teólogo americano que enfatizou a conversão individual e o perfeccionismo moral.
Originalmente um advogado tornado ministro presbiteriano, o avivamento que conduziu levou sua congregação a desligar-se do presbiterianismo e juntar-se aos congregacionais.
Charles Finney enfatizou o livre arbítrio no processo de salvação, argumentando que os humanos têm a capacidade de escolher aceitar ou rejeitar a graça de Deus. Similar à Salvação pelo Senhorio do Novo Calvinismo, Finney acreditava que a justificação era resultado tanto da fé quanto do arrependimento obediente. No entanto, considerava que uma pessoa poderia perder a salvação por meio do pecado. Rejeitou tanto a distinção luterana de justificação e santificação, quanto a fusão conceitual luterana de simul iustus et peccator. Rejeitou a doutrina então predominante no presbiterianismo americano da expiação substitutiva penal, no qual a morte de Cristo pagou a pena pelo pecado humano e, em vez disso, enfatizou a influência moral dos ensinamentos e exemplo de Cristo combinada com uma teoria governamental da expiação. No debate sobre a teologia de Finney, alguns atribuíram contornos de semipelagianismo, que enfatiza o papel do livre-arbítrio humano na salvação. Entretanto, em última análise, sua teologia se destaca do semipelagianismo tradicional devido a suas visões únicas sobre expiação e justificação.
Seu livro, “Lectures on Revivals of Religion” (1835), tornou-se um clássico no campo do evangelismo. Dirigiu o Oberlin College, o qual se tornou um centro para o Segundo Grande Despertar.