Cheryl Bridges Johns

Cheryl Bridges Johns (nascida em 1953) é uma teóloga pentecostal americana. Investiga a espiritualidade e práticas pentecostais e suas relações com o mundo.

Cheryl Bridges Johns está enraizada na tradição pentecostal. Sua bisavó participou do Avivamento da Rua Azusa em 1907 e desempenhou um papel significativo na formação de sua igreja local e de sua fé. Cheryl é ministra ordenada da Igreja Pentecostal Internacional de Santidade (International Pentecostal Holiness Church) e pastoreia com seu marido a congregação New Covenant Church of God.

Teve passagens por várias instituições de ensino e pesquisa ao redor do mundo. Estudou no Emmanuel College, Wheaton College e concluiu seu doutorado no Southern Baptist Theological Seminary.

Como acadêmica, Cheryl Bridges Johns fez contribuições significativas para os estudos pentecostais. Atuou como presidente da Sociedade de Estudos Pentecostais e participou ativamente de várias iniciativas interdenominacionais, incluindo o Diálogo Internacional Católico Romano-Pentecostal; Evangélicos e Católicos Juntos (ECT), diálogo entre anabatistas e pentecostais, dentre outros. O seu trabalho como ponte entre diferentes tradições cristãs tem sido fundamental para promover a compreensão e o diálogo.

Uma das contribuições intelectuais mais notáveis de Cheryl Bridges Johns é seu livro intitulado Pentecostal Formation: A Pedagogy among the Oppressed (Formação Pentecostal: Uma Pedagogia entre os Oprimidos). Neste trabalho, desafia suposições negativas sobre o movimento pentecostal e argumenta que os pentecostais empregam um processo catequético poderoso que permite aos crentes articular a história cristã. Com base nas teorias educacionais de Paulo Freire, enfatizando a importância da aprendizagem experiencial e indo além do mero racionalismo na pedagogia.

Cheryl também destaca a necessidade de reencantar a Bíblia e recuperar sua natureza sagrada, misteriosa e cheia de presença. Enfatiza a presença ativa do Espírito Santo no cenário textual da Bíblia, desafiando a tendência moderna de objetificar e controlar as Escrituras. A Bíblia seria mais do que uma compilação de regras e princípios. Pelo contrário, é um apelo à participação na revelação que une o ser, o saber e o fazer, refletindo a “ontologia moral da relação”. Em outras palavras, existe um “caráter sacramental” das Escrituras, pois a Bíblia serve como um sinal eficaz, conduzindo à realidade que significa. Ler a Bíblia em uma comunidade cheia do Espírito torna-se uma atividade dinâmica, onde os participantes habitam o mundo da história da Bíblia e experimentam Deus conforme narrado pelo texto bíblico.

Criada em uma tradição pentecostal conservadora igualitarista bíblica, desde pequena foi encorajada a empregar seus dons na igreja e sociedade, sem restrições alguma por ser mulher. Também Cheryl investiga o potencial transformador da menopausa, abordando questões como a raiva e fornecendo uma estrutura para as mulheres navegarem nesta fase da vida.

Seu trabalho abrange três aspectos principais: natureza, criação e novidade, enfatizando a importância do cuidado da criação, do ministério de ensino e pregação e de preencher a lacuna entre as diferentes tradições cristãs.

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