Adom

Tel-Melá, Tel-Harsa, Querube, Adom e Imer são cidades mencionadas em Neemias 7:61 como o local de origem de um grupo de pessoas que retornaram a Jerusalém após o exílio babilônico. O texto bíblico não fornece detalhes sobre a localização exata dessas cidades, mas o fato de seus habitantes não poderem comprovar sua linhagem israelita sugere que se tratavam de cidades fora de Judá, possivelmente na Mesopotâmia ou em outras regiões do Império Persa.

É provável que essas pessoas fossem descendentes de grupos que haviam sido deportados para o exílio com os israelitas, ou que se juntaram a eles durante o cativeiro. Ao retornarem a Jerusalém, eles se integraram à comunidade judaica, mesmo sem ter uma clara identidade tribal.

Alguns estudiosos associam esses indivíduos aos netineus, um grupo de servidores do Templo que realizavam tarefas auxiliares no culto.

Aczibe

Aczibe, nome que significa “decepção” ou “mentira”, designa duas cidades distintas no Antigo Testamento:

  1. Aczibe na Sefela: Localizada na região montanhosa da Sefela, em Judá, próxima a Queila e Maressa (Josué 15:44; Miqueias 1:14). O profeta Miqueias usa o nome Aczibe em um jogo de palavras para denunciar a falsidade e a desilusão associadas à cidade. É possível que seja a mesma Quezibe mencionada em Gênesis 38:5.
  2. Aczibe na costa do Mediterrâneo: Cidade cananéia atribuída à tribo de Aser (Josué 19:29), situada a cerca de 13 km ao norte de Acre. Escavações arqueológicas revelaram uma longa história de ocupação, desde o período dos hicsos até o período helenístico, com vestígios de fortificações, cerâmicas e outros artefatos. A cidade foi conquistada por Senaqueribe, rei da Assíria, no século VIII a.C. e sua importância comercial é evidenciada pela presença de cerâmicas gregas e cipriotas.

Acusador

Acusador descreve aquele que aponta a culpa ou a falta de alguém, seja em um contexto legal ou geral. O termo pode se referir a pessoas, como um querelante em um julgamento (João 8:10; Atos 23:30,35; 24:8; 25:18), ou a um oponente em uma disputa (Mateus 5:25; Lucas 12:58; 18:3).

Em grego, acusador pode ser traduzido como kategoros (querelante), antidikos (oponente) ou diabolos (caluniador, 2 Timóteo 3:3; Tito 2:3). Este último termo também é usado para se referir ao Diabo, o acusador por excelência, que se opõe a Deus e à humanidade.

No Antigo Testamento, Satanás é apresentado como o “acusador” dos irmãos, que os acusa diante de Deus (Jó 1:6-12; 2:1-7; Zacarias 3:1-2). Essa imagem de acusador se mantém no Novo Testamento, onde o Diabo é descrito como aquele que “acusa [os crentes] de dia e de noite diante do nosso Deus” (Apocalipse 12:10).

Em resumo, o acusador na Bíblia representa a oposição, a injustiça e a calúnia. Ele pode ser um indivíduo que busca prejudicar o outro ou uma força espiritual maligna que se opõe a Deus e aos seus planos.

Acube

Acube, nome que possivelmente significa “suplantador” ou “aquele que segura o calcanhar”, identifica diferentes indivíduos no Antigo Testamento, principalmente levitas e descendentes de Davi.

Acube, descendente de Davi: Filho de Elioenai, pertence à linhagem real de Davi (1 Crônicas 3:24).

Acube, porteiro do Templo: Levita que foi chefe de uma família de porteiros no Templo após o exílio babilônico (Esdras 2:42; Neemias 7:45; 11:19; 12:25; 1 Esdras 5:28).

Acube, família de servidores do Templo: Nome de uma família de servidores do Templo chamados netineus, que provavelmente realizavam tarefas auxiliares no culto (Esdras 2:45; 1 Esdras 5:30).

Acube, intérprete da lei: Levita que atuou como intérprete da Lei durante a leitura pública feita por Esdras (Neemias 8:7; 1 Esdras 9:48).

Acsafe

Acsafe, cidade-estado cananéia localizada na região do Monte Carmelo, é mencionada na Bíblia como parte do território designado à tribo de Aser (Josué 19:25). Acsafe também é citada como um dos reinos que se uniram contra Josué na batalha das águas de Merom (Josué 11:1; 12:20).

Embora sua localização precisa seja debatida por estudiosos, a proximidade com o Monte Carmelo sugere sua importância estratégica na região. Acsafe provavelmente controlava rotas comerciais e acesso a recursos naturais, o que explica sua participação na coalizão contra os israelitas.