Davi

Davi filho de Jessé (hebraico דָּוִד; דָּוִיד ; grego Δαυίδ; “amado”) foi rei de Judá e depois sobre todo Israel no período da monarquia unida. Teria reinado entre c. 1010 a c. 970 a.C.

O ciclo narrativo sobre Davi aparece de 1 Sm 16:13-1 a Re 2:12. Pastor do rebanho de seu pai, tornou-se músico na corte de Saul e se voluntariou para enfrentar os filisteus. Perseguido pelo enciumado Saul, não se levantou contra o rei, mas viveu em fuga, ajuntando um grupo de soldados irregulares. O profeta Samuel ungiu Davi como o futuro rei de Israel.

Após a morte de Saul, Davi unifica as tribos , mas enfrenta dificuldades em sua vida familiar.

Errante e dependente do perdão divino, Davi é o arquétipo do beneficiário da graça. Os salmos davíticos expressam essa relação de confissão, clamor e conforto esperando no Senhor. Com a promessa de que sua linhagem ocuparia o trono de Israel para posterioridade, nos livros dos profetas a dinastia davídica ocupa uma posição especial. Assim, na esperança messiânica o legado de Davi aparece em Jesus Cristo como herdeiro de seu reino.

2 Samuel

O livro de 2 Samuel continua a narrativa da emergência da monarquia unida de Israel. O foco é na pessoa, aventura e ascenção política de Davi. Em perspectiva de sua narrativa teológica, a queda da Casa de Saul — creditada a uma séries de erros e transgressões — serve de prólogo para o estabelecimento de Sião como local de culto a Deus e sua perpétua aliança com a Casa de Davi, apesar de suas transgressões.

Davi é registrado como uma candura e amor sincero, mesmo para com a Casa de Saul que o perseguiu, mas apresenta um lado ímpio nas maquinações que levaram à morte de Urias e seu relacionamento com Betseba.

O livro de 2 Samuel provavelmente fazia parte integral da coleção que é o livro de 1 Samuel e, talvez, da mesma coleção com os livros dos Reis. Esses quatro livros na versão grega antiga (Septuaginta) são chamados de quatro Livros dos Reinados.