Mary Slessor (1848–1915) foi uma missionária escocesa que dedicou sua vida a melhorar as condições de vida das pessoas em Calabar, na Nigéria.
Nascida em Aberdeen, Escócia, cresceu em meio à pobreza e enfrentou dificuldades desde jovem. O alcoolismo de seu pai a obrigou a trabalhar ainda criança nas fábricas de juta em Dundee, contribuindo para o sustento de sua família. Apesar das adversidades, desenvolveu uma profunda fé e compaixão pelos outros. Inspirada por missionários como David Livingstone, sentiu o chamado para atuar na África.
Em 1876, com 28 anos, iniciou sua missão em Calabar. Diferentemente de muitos missionários de sua época, ela procurou integrar-se à cultura local, aprendendo a língua efik e adaptando-se ao clima e às condições de vida desafiadoras da região. Optou por viver entre as pessoas que servia, conquistando sua confiança e respeito. Seu trabalho concentrou-se na educação, na saúde e na defesa dos direitos de mulheres e crianças. Tornou-se amplamente conhecida por seus esforços para erradicar a prática de infanticídio de gêmeos, baseada na crença de que eles eram maléficos. Slessor resgatou diversas crianças abandonadas e adotou muitas delas, criando-as em sua própria casa.
O impacto de sua atuação em Calabar foi significativo. Ela recebeu o título de “Ma” pelos habitantes locais, uma demonstração do papel materno que desempenhou em suas vidas.
