George Ernest Wright

George Ernest Wright (1909-1974) foi um estudioso do Antigo Testamento e arqueólogo bíblico. Contribuiu significativamente para a arqueologia do Antigo Oriente Próximo e para a datação da cerâmica.

Criado em uma família presbiteriana em Ohio, G. E. Wright formou-se no College of Wooster e no McCormick Theological Seminary. Orientado por William Foxwell Albright, completou seus estudos na Universidade Johns Hopkins. Wright lecionou no Seminário McCormick e mais tarde ingressou na Harvard Divinity School.

Tentou aliar história e teologia, fazendo parte do movimento da teologia bíblica.

Movimento de Teologia Bíblica

O Movimento de Teologia Bíblica, floresceu nas décadas de 1940-1960 e pretendia transcender as polaridades teológicas, apresentando a Bíblia como um recurso teológico unificado.

O trabalho de G. Ernest Wright, “The God Who Acts: Biblical Theology as Recital” (1952), defendeu a compreensão da Bíblia como um evento mais interpretação – uma narrativa confessional sobre Deus. Ao contrário das abordagens tradicionais focadas na facticidade histórica, este movimento centrou-se na função da narrativa dentro do cânone bíblico. Esperava assim transcender a dicotomia entre teologia liberal e evangelical.

Enfatizando a unidade teológica da Bíblia, o movimento da teologia bíblica empregava um arcabaouço da história da redenção. Pretendia dar uma exploração sintética da natureza, da vontade e do plano de Deus na criação e na redenção. O movimento uniu estudiosos no ressurgimento da teologia e no compromisso de desvendar a revelação de Deus na história.

O movimento desvaneceu quando James Barr criticou o Movimento de Teologia Bíblica por impor categorias modernas a textos antigos, simplificando demais a diversidade da Bíblia e negligenciando o contexto histórico. Barr notou a influência da filosofia hegeliana, questionou a centralidade da teologia da aliança e advertiu contra uma abordagem cristocêntrica que ofuscava o valor distinto do Antigo Testamento.