John Knox

John Knox (c. 1513-1572) foi um reformador e teólogo escocês que desempenhou um papel significativo na Reforma Escocesa.

Knox nasceu perto de Haddington, na Escócia, e foi educado na Universidade de St Andrews. Knox tornou-se padre católico na década de 1530, mas depois se converteu ao protestantismo.

Knox tornou-se um associado próximo do líder protestante escocês George Wishart. Após a execução de Wishart, Knox tornou-se um líder do movimento protestante na Escócia. Passou um tempo no exílio na Inglaterra e em Genebra, onde se tornou amigo de João Calvino, antes de retornar à Escócia em 1559.

Na Escócia, Knox tornou-se o líder da Reforma Escocesa e foi fundamental para estabelecer a Igreja Presbiteriana da Escócia, a Kirk. Ele pregou contra a Igreja Católica e suas práticas, e seus sermões e escritos tiveram um impacto significativo no povo escocês.

Knox também desempenhou um papel na política escocesa, aconselhando e criticando vários monarcas. Ele era um forte defensor de uma igreja nacional escocesa e dos direitos do povo de resistir a governantes injustos.

Mikael Agricola

Mikael Agricola (c. 1510-1557) foi um bispo finlandês, reformador e autor pai da literatura finlandesa.

Nascido na cidade de Pernå, onde hoje é a Finlândia, Agricola foi educado na Universidade de Turku e mais tarde estudou teologia em Wittenberg, Alemanha.

Inspirado pelos ensinamentos de Martinho Lutero, Agricola se tornou uma figura chave na Reforma Protestante na Finlândia e trabalhou para traduzir a Bíblia e outros textos religiosos para o finlandês.

Publicou sua tradução do Novo Testamento para o finlandês em 1548. Esse trabalho foi um marco na literatura finlandesa e desempenhou um papel importante no desenvolvimento da língua finlandesa. Agricola também escreveu uma série de outras obras, incluindo catecismos e hinos.

Lélio Socino

Lelio Francesco Maria Sozzini ou Lélio Socino (1525-1562) foi um teólogo italiano e fundador do movimento sociniano, um grupo da Reforma radical que rejeitou muitas doutrinas cristãs que não houvesse uma formulação bíblica explícita.

Socinus nasceu em Siena, na Itália, mas passou grande parte de sua vida viajando pela Europa para divulgar suas ideias. Treinado como jurista, em 1546 entrou com o grupo de reformadores evangélicos de Veneza e, depois de aderir a Reforma, passou a morar na Suíça, principalmente em Zurique depois de 1550. Visitou Basel, onde conheceu vários estudiosos humanistas, incluindo Sebastian Castellio, além de fazer conferências com Calvino (1548) e Melânchthon (1550). Viajou pela Polônia e Transilvânia e trabalhou em estreita colaboração com outros pensadores radicais, como seu sobrino Fausto Sozzini e Johannes Crellius.

Socino acreditava que o cristianismo deveria ser baseado na razão e na investigação racional, e não em crença cega. Argumentou que a Bíblia deveria ser interpretada com base racional e literária e que o verdadeiro significado de seus ensinamentos só poderia ser discernido por meio de estudo e análise cuidadosos.

Embora não fosse explicitamente antitrinitário, suas ideias foram levadas a uma conclusão unitária por seu sobrino Fausto. Apesar de seus esforços, as ideias de Socino foram amplamente rejeitadas pelas igrejas de seu tempo. Seus ensinamentos foram vistos como heréticos e ele foi frequentemente perseguido e exilado. No entanto, suas ideias continuaram a influenciar pensadores e movimentos posteriores, como o Unitarismo e o Iluminismo.

O Benefício de Cristo

O Benefício de Cristo, ou seu título completo no original “Trattato Ultilissimo Del Beneficio Di Geisu Christo Crocifisso”, foi um dos livros de devoção espiritual de grande circulação na Europa do século XVI, além de umas das primeiras obras teológicas da Reforma italiana.

Uma obra anônima que refletia os anseios da Reforma italiana que, entre 1541 e 1548, teve impressas cerca de 40.000 a 80.000 cópias, das quais muito poucas restam, visto que a maioria foi queimada. Depois de alguns anos, o livro foi traduzido para o inglês, francês, croata e castelhano. Foi queimado em Nápoles em 1544, colocado no índice de livros proibidos em 1549 e finalmente proibido pelo nome no Concílio de Trento. Acreditava-se que a obra estivesse completamente perdida até que uma cópia foi redescoberta na Inglaterra no século XIX no St John’s College, Cambridge.

A autoria foi erroneamente atribuída a Aonio Paleario (1503-1570), um mártir da Reforma na Itália. Contudo, registros Inquisição abertos no final do século XIX apotam que um certo Don Benedetto, seja o provável autor.

Em 1567, ao ser torturado, o humanista Pietro Carnesecchi (1508-1567) indicou o possível autor. Carnesecchi disse que o livro foi escrito por um obscuro monge beneditino, Benedetto Fontanini, também conhecido como Benedetto da Mantova (1495-1556). Depois de escrevê-lo, Benedetto passou-o para o poeta Marcantonio Flaminio (1498-1550) para uma revisão literária. Depois de revelar esses nomes, Carnesecchi foi executado.

Benedetto viveu em mosteiros em Mântua e Veneza. Foi o responsável por um mosteiro na Sicília e outro perto de Ferrara. Teria sido influenciado pelo reformador espanhol Juan de Valdes (1498?-1541) e Peter Martyr Vermigli (1499-1562).

Em 1549, foi interrogado sob acusações de heresia, mas foi liberado. Morreu por volta de 1556.

A obra foi fortemente influenciada pelas “Institutas” de João Calvino de 1539e uma teologia agostiniana. Salienta a dependência absoluta do homem em Cristo para a salvação.

SUMÁRIO

CAPÍTULO I. Do pecado original e da miséria do homem.
CAPÍTULO II. Que a lei foi dada por Deus com a intenção de que pudéssemos primeiro conhecer nosso pecado; e então, desconfiando de sermos justificados por nossas próprias obras, podemos correr para a misericórdia de Deus e a justiça da fé.
CAPÍTULO III. Que o perdão dos nossos pecados, nossa justificação e toda a nossa salvação dependem de Cristo.
CAPÍTULO IV. Dos efeitos da fé viva e da unidade ou acordo da alma com Cristo.
CAPÍTULO V. Como o homem cristão se veste ou se veste com Cristo.
CAPÍTULO VI. Certos remédios contra a incredulidade ou descrença.