Anciãos do Apocalipse

Apocalipse fala de 24 anciãos em uma corte celestial ao redor do trono de Cristo (4:4, 10; 5:6, 8, 11, 14; 7:11; 11:16; 14:3; 19:4). Tal passagem ecoa a corte celestial em Isaías 24:23, associado ao dia do Juízo, quando Deus restabelecerá a sua lei: “E a lua ficará envergonhada, e o sol ficará envergonhado, quando o Senhor dos exércitos reinará no monte Sião e em Jerusalém, e diante dos seus anciãos em glória.” (Isaías 24:23).

Os 24 anciãos de apocalipse são interpretados diversamente:

  • Representantes de cada tribo — dois para cada uma das doze tribos de Israel.
  • Doze patriarcas do Antigo Testamento mais os doze apóstolos do Novo Testamento.
  • As 24 horas do dia ou subdivisões do zodíaco (Malina 1995).
  • A humanidade redimida das adorações aos ídolos terrestres (Richard 2009).

BIBLIOGRAFIA

Malina, Bruce J. On the genre and message of Revelation: Star visions and sky journeys. Hendrickson, 1995.

Richard, Pablo. Apocalypse: A people’s commentary on the Book of Revelation. Wipf and Stock Publishers, 2009.

Besta

Em hebraico חַי, simplesmente animal ou ser vivente, ou em grego θηρίον thērion, besta, animal selvagem, denota animais grandes e muitas vezes perigosos. 

A palavra pode um sentido genérico de animal (Gn 1:24; Lv 11:2,27,47), ainda especificamente, animais selvagens e perigosos (Ap 6:8). 

Aparece como um termo pejorativo para pessoas (Tito 1:12). 

A palavra besta também denota seres míticos ou símbolos alegóricos. Em Daniel 7 quatro bestas diferentes simbolizam quatro reinos. Em Apocalipse, a besta do mar convencionalmente é entendida como simbolizando o Império Romano (Ap 13:1) enquanto a besta vinda da terra representa os poderosos da província da Ásia (Ap 13:11), por fim, uma besta do abismo retrata o antogonista de Cristo (Ap 11:7, Ap 17:8).