Julia Smith

Julia Smith (1793-1886) foi uma biblista e tradutora da Bíblia norteamericana e ativista pelos direitos das mulheres.

Nascida e residente de Glastonbury, Connecticut, Smith foi uma figura pioneira na tradução bíblica. Smith se tornou a primeira mulher na história a traduzir a Bíblia inteira para qualquer idioma.

Educada nos clássicos grego e latino, o interesse de Julia em entender o significado dos nomes próprios nas Escrituras Hebraicas a levou a aprender a língua hebraica. Motivada pelo desapontamento das previsões fracassadas sobre o fim do mundo em 1844, embarcou na ambiciosa tarefa de criar uma tradução literal da Bíblia. Seu trabalho foi publicado em 1876, traduzindo meticulosamente textos hebraicos e gregos e usando o tempo futuro em passagens do Antigo Testamento. Manteve a ordem massorética dos livros do Antigo Testamento e traduziu o Tetragrama com Jehovah. A tradução de Julia trouxe um reconhecimento significativo à causa dos direitos das mulheres.

Após a morte das três irmãs mais velhas, a partir de 1873, Julia e sua irmã mais nova, Abby recusaram a pagar impostos locais sem receber o direito de voto nas assembleias municipais. Repetidamente algumas de suas vacas foram apreendidas e vendidas para pagar impostos atrasados.

BIBLIOGRAFIA

Kathleen L. Housley, The Letter Kills but the Spirit Gives Life: The Smiths, Abolitionts, Suffragists, Bible Translators. Glastonbury, Connecticut, 1993.

Katharine Bushnell

Katharine Bushnell (1855-1946) foi uma feminista cristã, missionária, tradutora, biblista e pioneira da defesa dos direitos das mulheres.

Katharine Bushnell

Nascida em um lar metodista em Peru, Illinois, estudou na Northwestern University. Juntou-se à Frances Willard, deã da Faculdade das Mulheres na Northwestern University em Chicago. Lá, Bushnell envolveu-se na Women’s Christian Temperance Union (WCTU), movimento de reforma social liderado por Willard. Estudou grego, latim e medicina.

Em 1879 foi como missionária metodista para a China, onde fundou um hospital pediátrico em Shangai.

Acompanhando uma colega em estado terminal, Bushnell voltou aos Estados Unidos em 1882, estabelecendo-se em Denver por um tempo, onde abriu uma clínica.

Engajada no movimento de santidade interno ao metodismo e de reforma social, mudou-se para Chicago para assumir o cargo de National Evangelist of the Social Purity Department. Junto de Elizabeth Andrew, fundou o Anchorage Mission in Chicago, um abrigo que acolhia 5.000 mulheres anualmente. Fez campanhas contra e investigou a escratura de mulheres para prostituição.

Como biblista, denunciou as traduções bíblicas enviesadas contra as mulheres tanto em chinês quanto em inglês. Em 1908 produziu o God’s Word to Woman, um estudo por correspondência que fazia um panorama de personagens femininas e passagens bíblicas distorcidas. O curso tornou-se um livro em 1923.

BIBLIOGRAFIA
Bushnell, Katharine C. God’s Word to Women. 1923.

Bushnell, Katharine C. Heaven on Earth and How it will Come. London: Marshall Brothers, 1914.

Bushnell, Katharine C. Plain Words to Plain People. [S.l. 1918?].

Bushnell, Katharine. Take Warning! [S.l., 1910?].

Bushnell, Katharine Caroline e Elizabeth Wheeler Andrew. Heathen Slaves and Christian Rulers. Oakland, CA: Messiah’s Advocate, 1907.

Bushnell, Katharine; Andrew, Elizabeth. The Queen’s Daughters in India. London: Morgan and Scott, 1899.

Du Mez, Kristin Kobes. “The Forgotten Woman’s Bible: Katharine Bushnell, Lee Anna Starr, Madeline Southard, and the Construction of a Woman-Centered Protestantism in America, 1870-1930.” Ph.D. diss., University of Notre Dame, 2004.

Hardwick, Dana. Oh Thou Woman That Bringest Good Tidings: The Life and Work of Katharine C. Bushnell. Morris Publishing and Christians for Biblical Equality, 1995.

Kroeger, Catherine C. “The Legacy of Katherine Bushnell: A Hermeneutic for Women of Faith.” Priscilla Papers, Fall 1995.