Delores Williams

Delores Williams (nascida em 1937) é teóloga womanista norteamericana.

Williams ocupou a Cátedra Paul Tillich de Teologia e Cultura no Union Theological Seminary em Nova York,onde estudou sob influência de James Cone.

Em seu livro “Sisters in the Wilderness”, Williams aponta que a teologia negra tinha uma perspectiva masculina e percebeu a necessidade de inclusão e reconhecimento das experiências únicas das mulheres negras. Inspirando-se na figura bíblica Hagar, Williams enfatizou a importância de incluir as histórias de indivíduos marginalizados, destacando sua luta pela libertação e encontrando redenção na vida de Jesus, em vez de se concentrar em sua crucificação.

BIBLIOGRAFIA

Williams, Delores. Sisters in the Wilderness: The Challenge of Womanist God-Talk. Maryknoll, NY: Orbis, 2013.

Womanist Theology

A womanist theology a é um movimento social e teológico que surgiu entre as mulheres afro-americanas nos Estados Unidos.

O movimeno enfatiza as experiências e perspectivas de mulheres negras e procura abordar questões de raça, gênero e opressão de classe. Figuras-chave no desenvolvimento da teologia mulherista incluem Alice Walker, que cunhou o termo “mulherista”, e teólogas como Delores Williams, Katie Cannon e Jacquelyn Grant. Essas teólogas escreveram extensivamente sobre as interseções de raça, gênero e espiritualidade e procuraram recuperar as vozes e experiências de mulheres marginalizadas dentro da tradição cristã.

Jacqueline Grant

Jacqueline Grant (nascida em 1947) é uma teóloga que contribuiu significativamente para a teologia womanista. Seu livro “White Women’s Christ and Black Women’s Jesus: Feminist Christology and Womanist Response” (1989) desafiou as imagens dominantes de Jesus e argumentou que uma teologia libertadora deve levar em conta as experiências das mulheres negras.

Anne Hart Gilbert

Anne Hart Gilbert (1768–1834) foi uma escritora, professora e abolicionista metodista caribenha.

Conhecida como uma das irmãs Hart, ao lado de Elizabeth Hart Thwaites, foi pioneira na literatura caribenha, na propagação evangelística, melhoramento das condições femininas e na crítica ao racismo e à escravidão.

Nascida em uma família afluente de afro-caribenhos senhores de escravos em Antígua, Anne Hart converteu-se em 1786 pela missão de um evangelista metodista.

Em 1798 casou-se com um homem branco, John Gilbert, enfrentando discriminação por serem um casal birracial.

Junto de sua irmã, em 1809 abriu a primeira escola dominical do Caribe, aberta a qualquer criança, independente de cor, classe social ou situação de escravizado ou livre.

Ainda com sua irmã, fundou a Female Refuge Society, uma instituição de apoio e emancipação feminina, principalmente às vítimas de opressão de cor e escravidão.

Trabalharam arduamente na propagação do avivamento metodista nas Ìndias Ocidentais.

Foi uma escritora prolífica, mas destruiu sua obra antes de morrer. Do que restou, revela-se uma pensadora perspicaz. Suas atividades aliadas à reflexão devocional e teológica antecedem a teologia negra, teologia afro-caribenha, teologia womanista e teologia da libertação.

BIBIOGRAFIA

Ferguson, Moira. The Hart Sisters: Early African Caribbean Writers, Evangelicals, and Radicals. Lincoln: University of Nebraska Press, 1993.

Saillant, John. “Antiguan Methodism and Antislavery Activity: Anne and Elizabeth Hart in the Eighteenth-Century Black Atlantic.” Church History 69, no. 1 (2000): 86-115. www.jstor.org/stable/3170581.