Aleluia é uma transliteração do hebraico הַלְלוּ יָהּ (halləlū yāh), que significa “louvai a YHWH!”. É uma exclamação de louvor que ocorre 24 vezes no Antigo Testamento (todos em Salmos) e quatro vezes no Apocalipse.
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YHWH
Yahweh, YHWH, Jeová, Tetragrammaton, Javé, Iavé, em hebraico יהוה, um nome é encontrado 6828 vezes nas Escrituras Hebraicas ou o Antigo Testamento para referir-se a Deus.
De acordo com Êxodo 6:2-4, sob este nome foi revelado pela primeira vez a Moisés na sarça ardente. Entretanto, aparece usado na interação com humanos desde o tempo de Enos antes do dilúvio (Gn 4:26).
Uma teoria é que YHWH deriva-se do verbo hebraico hayah, “ser” implicando que Yahweh seja o criador e senhor da história.
O nome e o culto a Yahweh ocorre de forma ocasional em vestígios arqueológicos e em nomes teofóricos de vários povos semitas no Levante, especialmente na região sul do Mar Morto.
A pronúncia desse nome virou um tabu entre os judeus no período helenista. A pronúncia Yāhū é provável através da pronúncia de nomes pessoais compostos como Ēliyyāhū (Elias) e Zəkharyāhū (Zacarias). Como a forma consonatal recebe as vogais “Adonai”, passou-se a ser lido como “Jehovah” ou Jeová em muitas línguas europeias.
Dracma de Yhw

Presente no Museu Britânico desde o século XVIII, publicada por Combe em 1814, esta moeda chama a atenção pela imagem cunhada. Nela há uma figura barbada cuja identidade permanece desconhecida e a inscrição YHW, considerada uma variante do Tetragrammaton sagrado.
Trata-se de um dracma de prata, provavelmente proveniente do Yehud (província persa de Judá), datada de entre 380-360 a.C. Tem massa de 3,29 gramas e possui um diâmetro de 15 mm.
No obverso há um homem barbudo, usando um capacete coríntio. No reverso, há um figura sentada em uma roda alada (faravahar), de frente para a direita. O corpo é parcialmente coberto por um manto longo. Uma ave de rapina está empoleirada na mão esquerda estendida. Acima estão três letras paleograficamente aramaicas.
Dado o aniconismo (proibição de retratar Yahweh com imagens), gerou-se especulações que a figura representaria Ahura Mazda, Zeus ou mesmo Yahweh.
BIBLIOGRAFIA
Combe, T. Veterum populorum et regum numiqui in Museo Britannico adservantur (1814) 242 No. 5. pl. xiii 12.
Shenkar, Michael. “The Coin of the ‘God on the Winged Wheel’.” BOREAS-Münstersche Beiträge zur Archäologie 30, no. 31 (2007): 2008.
Edom
Refere-se a (1) Esaú, irmão de Jacó (Gn 25:3o) e (2) a região do sul do Levante onde seus descendentes habitavam. Mais tarde seria chamados em grego de Idumeia.
Além da Bíblia, são mencionados em documentos egípcios. Aparecem em um lista do faraó egípcio Seti I de c. 1215 aC; na crônica de campanha de Ramsés III (r. 1186–1155 aC). A arqueologia demonstra que na região cresceu as vilas agrícolas e pastoreio seminômade entre os séculos XIII e VIII aC. A nação foi conquistada pelos babilônios no século VI aC.
Nos períodos babilônico e persa os edomitas foram empurrados para o oeste em direção ao sul de Judá por tribos nômades vindas do leste; como os nabateus noo século IV aC. Durante o século II aC, os edomitas foram convertidos à força ao judaísmo pelos asmoneus, fundindo-se com os judeus.
A sabedoria edomita era proverbial (Jr 49:7; Ob 8). No geral, os textos tentativamente identificados como edomitas na Bíblia refletem um pessimismo e resignação às circunstâncias da vida. Esses textos ou fontes incluem a hipótese edomita de Jó; Gn 26; Salmos 88; 89 6-19; Prov 30; 31 1-9, e a transmissão por vias edomitas do material egípcio contido em Sal 104 e Prov 22: 17-2.
A religião edomita era similar aos dos israelitas e outros semitas do sul do levante. Vários registros onomásticos e artefatos arqueológicos atestam os cultos a El, El-Baali e Manat/Manawat, Qos (que talvez seria a divindade nacional de Edom), Shamash, Nabu, Sin, Baal, Sidq, Shalem, Isis, Apis ou Osiris, bem como o digno de nota YWHW. O nome do deus Yaho é atestado pela onomástica e pela óstraca AL 283, a qual menciona um templo, a Casa de Yaho, entre os edomitas.
Baal
A palavra semítica baal, da raiz b’l (hebraico בעל; acadiano bēlu [m]), significa como substantivo comum “dono”, “marido”, “senhor” e “mestre”. Também é um substantivo próprio para referir-se a diversas divindades semíticas, como Marduque recebe o apelativo Bel em acadiano.
Como substantivo próprio refere-se ao deus Baal com domínio sobre as forças naturais, o clima e relações sexuais quando associado com sua consorte Astarte. Outros deuses além desse Baal específico, também eram chamados de “baals” (baalim), além manifestações locais: Baal-Berith em Siquém (Jz 9:4); Baal de Peor em Sitim (Nm 25:3); Baal Zebube de Ecrom na Filístia (2Rs 1:2-3), de onde vem Belzebu; Baal de Hamom (Ct 8:11). Jezabel introduziu em Samaria a adoração de Baal, deus de Tiro, o qual seria Baal Meqart ou Baal Shamen (1Rs 18:19).
Há dezoito menções a baal sem especificar quem seria. Para complicar, até mesmo o Deus de Israel é, em raras ocasiões, chamado de baal. É nesse sentido que o termo parece em nomes de judeus, como o célebre Baal Shem-Tov (c. 1698 – 1760), o fundador do movimento hassídico. Dentre os versos mais notórios dessa referência de Deus como baal são os seguintes (traduções literais):
Ou o teu Criador [é] o teu Baal, YAHWEH Sabaoth é o seu nome, e o teu Redentor é o Santo de Israel, Deus de toda a terra, é chamado.
Isaías 54: 5
Não como o concerto que fiz com seus pais, no dia [que] tomei pela mão para trazê-los fora da terra do Egito que eles romperam meu concerto, e eu era Baal para eles, diz YAHWEH.
Jeremias 31:32
EL zeloso e [que] vinga,
Naum 1: 2
YAHWEH vinga,
YAHWEH e Baal furioso vingará,
YAHWEH aos seus inimigos
e reservará
Ele [a vingança e a fúria] aos adversários.
Oseias 2:16
E aconteceu, naquele dia, uma afirmação de YAHWEH: Tu me chamarás – meu marido, e não me chamas mais – meu Baal.
A denúncia ao culto a Baal aparece consistemente no período pré-exílico. Aparece no incidente de Peor (Nm 25), no ciclo de Elias e Jezabel (1Rs 16-22), na destruição do templo de Baal em Jerusalém na revolta contra Atalia (2Rs 11:18) e no conflito entre os adoradores de Yahweh e os seguidores de Baal (Jz 6:25-32; 1Rs 18:16- 40).