Rute

Livro e personagem bíblico, Rute é um romance do ponto de vista do quádruplo de vulnerabilidade: a pobre, a viúva, a estrangeira e a órfã. A viúva Rute deixa seu país, Moabe, acompanhando sua sogra para o país dos israelitas. Lá se casa com Boaz e o casal seria ancestrais do rei Davi.

O final feliz meio às adversidades prova a fidelidade do voto de Rute à sua sogra: “Disse, porém, Rute: Não me instes para que te deixe e me afaste de ti; porque, aonde quer que tu fores, irei eu e, onde quer que pousares à noite, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus. Onde quer que morreres, morrerei eu e ali serei sepultada; me faça assim o Senhor e outro tanto, se outra coisa que não seja a morte me separar de ti” (Rt 1:16-17).

No cânone da Septuaginta e cristão o Livro de Rute aparece entre o Livro de Juízes e o livro de 1 Samuel. Já no cânone hebraico Rute aparece entre os Escritos (Ketuvim ou Hagiógrafa), da mesma época de Esdras, Neemias e Crônicas. Essa classificação como Hagiógrafa indica ser uma composição tardia e oferece um interessante contraponto à política contra casamentos mistos desse período. Entretanto, a configuração do Livro de Rute em conjunto com outros livros da História Deuteronomística apresenta uma harmonia sem igual, pois se trata da aplicação prática da Torá tanto materialmente quanto processualmente.

Os cumprimentos das obrigações éticas, legais, morais e de justiça social instruídas aos israelitas servem como exemplo de como deveriam ser cumpridas a Torá, a instrução ou lei, de Deus.

Uma consideração sobre “Rute”

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