A Septuaginta, cuja sigla é LXX, em sentido amplo refere-se a um conjunto de antigas traduções gregas das Escrituras Hebraicas realizadas entre os séculos III a.C. e meados do século II d.C.
Em sentito estrito, esse conjunto e os livros individuais também são referidos como Old Greek (OG), reservando o nome Septuaginta somente para as mais antigas recensões do Pentateuco.
A carta espúria de Aristeas (século II ou I a.C.) narra uma lenda de que o faraó Ptolomeu II Filadelfo encomendara a tradução para a Biblioteca de Alexandria. Teria requisitado cópias ao sumo-sacerdote de Jerusalém Eleazar e comissionado setenta (ou setenta e dois) tradutores judeus. Eles teriam produzidos manuscritos idênticos de forma independente.
A Septuaginta registra uma tradição manuscrita de uma fonte (Vorlage) hebraica diferente e anterior àquela preservada em qualquer manuscrito hebraico existente hoje.
Os autores do Novo Testamento demonstram empregar amplamente a Septuaginta, embora não exclusivamente. A Septuaginta contribuiu imensamente também para o vocabulário teológico e retro-influenciou a própria edição das Escrituras quer em hebraico, quer em outras línguas em vários aspectos (divisão do Pentateuco e nome dos livros, por exemplo).
A LXX ajuda a entender como era a interpretação das Escrituras em um estágio inicial de sua canonização.