Durante o êxodo Moisés aparece extraíndo água da rocha em dois lugares: Refidim (Êx 17) e Meribá (Nm 20). A associação dessas passagens com Miriam fizeram que a fonte também fosse chamada de poço de Miriam.
Intérpretes na Antiguidade Tardia fizeram um midrash para concluir que as duas rochas eram a mesma. Portanto, seria uma rocha móvel que acompanhou os israelitas durante 40 anos.
“E assim o poço que estava com os israelitas no deserto era uma rocha, do tamanho de um grande vaso redondo, subindo e borbulhando para cima, como da boca de uma pequena garrafa, subindo com eles aos montes, e descendo com eles aos vales. Onde quer que os israelitas acampassem, acampava com eles, em um lugar alto, em frente à entrada da Tenda da Congregação.” (Tosefta, Sukka 3.114).
“Mas quanto ao seu próprio povo, ele os levou para o deserto: quarenta anos fez chover pão do céu para eles, e trouxe-lhes codornizes do mar, e um poço de água seguindo-os” Pseudo-Filo. Antiguidades Bíblicas, 10.7.
Paulo menciona essa interpretação midráshica para argumentar que a presença de Cristo estava na jornada dos israelitas no deserto, cuidando deles, fornecendo a água que permitia a vida:
“E [os israelitas] beberam todos de uma mesma bebida espiritual, porque bebiam da pedra espiritual que os seguia; e a pedra era Cristo.” 1 Cor 10:4
BIBLIOGRAFIA
Enns, Peter E. “The” Moveable Well” in 1 Cor 10: 4: An Extrabiblical Tradition in an Apostolic Text.” Bulletin for Biblical Research 6.1 (1996): 23-38.