Elizabeth da Boêmia

Elizabeth da Boêmia (1596-1662), ou Elizabeth Stuart, foi uma rainha, pensadora filosófica e teológica teuto-britânica.

Era a filha mais velha do rei Jaime I da Inglaterra e de sua esposa Ana da Dinamarca. Nasceu no Palácio de Dunfermline, na Escócia, e recebeu o nome de sua madrinha, a rainha Elizabeth I da Inglaterra.

Em 1613, Elizabeth casou-se com Frederick V, eleitor palatino, e tornou-se a eleitora palatina. O casal teve 13 filhos, mas seu reinado durou pouco. Em 1619, Frederico foi eleito rei da Boêmia, mas foi derrotado em batalha no ano seguinte pelas forças católicas dos Habsburgos. A família foi forçada a fugir, e Elizabeth e seus filhos ficaram conhecidos como a “Rainha e Rei do Inverno” devido à breve duração de seu reinado.

Elizabeth e sua família viveram no exílio em Haia, onde ela se tornou conhecida por sua inteligência, perspicácia e beleza.

Em 1660, após a Restauração da monarquia inglesa, Elizabeth voltou para a Inglaterra e recebeu uma pensão anual do rei Carlos II, seu sobrinho. Ela viveu em Londres até sua morte em 13 de fevereiro de 1662, aos 65 anos.

A inteligente Elizabeth da Boêmia tinha interesse em filosofia, teologia e ciência. Ela era uma patrona das artes e apoiou vários escritores e artistas durante sua vida. Correspondeu com alguns dos principais pensadores de seu tempo, incluindo René Descartes. Sua produção filosófica e teológica consistiu principalmente em cartas e ensaios, muitos dos quais se perderam com o tempo.

Uma das principais preocupações filosóficas de Elizabeth era a natureza da alma humana e sua relação com o corpo. Em sua correspondência com Descartes, ela desafiou sua visão dualista de mente e corpo, argumentando que deve haver uma conexão integral entre os dois. Também criticou Descartes por sua visão mecanicista do corpo e sua insistência na certeza matemática na investigação filosófica.

Elizabeth também se correspondia com teólogos como Hugo Grotius, John Durie e Samuel Rutherford. Acreditava na importância da fé pessoal e da tolerância religiosa. Em suas cartas a Rutherford, ela defendeu os direitos dos não-conformistas e defendeu uma abordagem mais inclusiva da religião.

Além de seus escritos filosóficos e teológicos, Elizabeth também se interessava pelas ciências. Ela se correspondeu com o astrônomo Johannes Hevelius e ficou fascinada com suas observações dos planetas e estrelas. Ela também apoiou o trabalho do médico William Harvey, conhecido por suas pesquisas inovadoras sobre o sistema circulatório.

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