Geder

Geder ou Gedera Existem algumas cidades com nomes semelhantes mencionadas na Bíblia, o que pode tornar difícil a identificação precisa.

Josué 12:13 menciona um rei de Geder entre os reis cananeus derrotados por Josué. Já Josué 15:36 também lista Gedera entre as cidades da região de Judá. E em 1 Crônicas 4:23 menciona habitantes de Gederá que eram oleiros.

A informação disponível na Bíblia sobre Geder ou Gedera é limitada, mas ela aparece como um nome de lugar em diferentes contextos geográficos.

Geteus

Os geteus eram os habitantes da cidade filisteia de Gate, uma das cinco principais cidades-estado da Filístia, juntamente com Gaza, Asquelom, Asdode e Ecrom. Gate era conhecida por ser a terra natal de Golias, o gigante filisteu que desafiou o exército de Israel e foi derrotado por Davi (1 Samuel 17). Esse evento confere a Gate uma notoriedade especial nas narrativas bíblicas.

Além de Golias, Gate é mencionada em outras ocasiões, frequentemente associada à presença de outros guerreiros filisteus de grande estatura (2 Samuel 21:19-22; 1 Crônicas 20:5-8), sugerindo que a cidade poderia ter sido um centro de poder militar filisteu. Durante o reinado de Davi, ele próprio buscou refúgio em Gate por um período, junto com seus seguidores, temendo a perseguição de Saul (1 Samuel 21:10-15). Davi serviu sob Aquis, o rei de Gate, e essa experiência demonstra a complexidade das relações entre Israel e os filisteus, que envolviam tanto conflito quanto interação.

Gate é também mencionada em contextos de fronteira e em listas de cidades filisteias (Josué 13:3; 1 Samuel 6:17). Profecias contra a Filístia também incluem Gate, indicando sua importância regional (Amós 1:6-8). Escavações arqueológicas em Tel es-Safi, geralmente identificado como a antiga Gate, revelaram evidências de uma grande e importante cidade com uma longa história de ocupação, confirmando sua relevância no mundo antigo.

Gibeonitas

Os gibeonitas eram o povo que habitava quatro cidades cananeias em região que depois seria distribuída à tribo de Benjamim: Quefira, Beerote, Gibeão e Quiriate-Jearim. Nessas últimas duas, houve locais de culto (1 Sam 7:1; 1 Reis 3:4). Adotaram uma estratégia incomum para sobreviver à conquista israelita liderada por Josué.

Ao contrário de outras cidades cananeias que se uniram para resistir a Israel, os gibeonitas, cientes das vitórias israelitas, decidiram usar um estratagema. Eles enviaram uma delegação a Josué vestida com roupas gastas e carregando provisões mofadas, fingindo ter vindo de uma terra distante. Enganado por sua aparência, Josué e os líderes de Israel fizeram um pacto de paz com eles, jurando preservar suas vidas (Josué 9:3-15).

Quando a verdade sobre a proximidade de Gibeão e suas cidades aliadas foi descoberta, os israelitas mantiveram seu juramento. Contudo, os gibeonitas foram destinados a servir como lenhadores e carregadores de água para a congregação e para o altar do Senhor (Josué 9:16-27). Essa servidão, embora imposta, permitiu que eles sobrevivessem.

Posteriormente, durante o reinado de Saul, houve uma tentativa de exterminar os gibeonitas, o que levou a uma retaliação divina e a uma expiação ordenada por Davi (2 Samuel 21:1-14). Os gibeonitas também são mencionados em outros contextos históricos, como na época da construção dos muros de Jerusalém sob Neemias, onde alguns deles participaram dos trabalhos (Neemias 3:7).