O Apocalipse de Bartolomeu, também conhecido como ‘O Livro da Ressurreição de Jesus Cristo por Bartolomeu, o Apóstolo‘, é um texto apócrifo preservado em um manuscrito copta do século IX encontrado no Mosteiro Branco no Egito. Provavelmente composto em grego no quarto século, foi posteriormente traduzido para o copta sahídico no quinto ou sexto século.
Apesar do nome, o texto era provavelmente um evangelho, não um apocalipse. O Apocalipse Copta de Bartolomeu é distinto de outro texto conhecido como as Questões de Bartolomeu. Embora alguns fragmentos coptas tenham sido atribuídos ao Evangelho de Bartolomeu, há um debate entre os estudiosos sobre sua autenticidade e se eles pertencem ao Evangelho de Gamaliel.
No texto copta, Bartolomeu, um dos Doze Apóstolos, desempenha um papel central ao narrar a ressurreição de Jesus Cristo. Abaddon, conhecido como “O Anjo da Morte”, é apresentado como um personagem significativo no texto, presente no túmulo de Jesus durante sua ressurreição. Melchir, um ministro de Beliar, se opõe a Melquisedeque, o rei da justiça e chefe do Exército da Luz.
O manuscrito remonta ao quinto ou sexto século, lançando luz sobre a literatura apócrifa cristã primitiva e as tradições lendárias que cercam Bartolomeu. No entanto, é importante distinguir entre o Apocalipse copta de Bartolomeu e outros textos apócrifos, pois alguns fragmentos podem ser de diferentes ciclos de tradição ou obras homiléticas, em vez de um evangelho atribuído a Bartolomeu.
BIBLIOGRAFIA
P. Lacau, Fragments d’apocryphes copies (Cairo, 1904), 23-37 (‘Evangile (?) apocryphe’); 39-77 (‘Apocalypse de Barthelemy’) (with French trans.) (= Memoires publies par les membres de I’institut franfais d’archeologie orientale du Caire (9).’
E. A. Wallis Budge, Coptic Apocrypha in the Dialect of Upper Egypt (London, 1913), 1-48, 170-230..
