Filioque

O Filioque é um acréscimo teológico ao Credo Niceno-Constantinopolitano, especificamente a frase “e o Filho” (do latim Filioque) na cláusula referente à processão do Espírito Santo. Esta adição afirma que o Espírito Santo procede tanto do Pai quanto do Filho, enquanto o credo original afirmava que a processão vinha exclusivamente do Pai.

O Filioque tornou-se um ponto de discórdia teológica entre a Igreja Ortodoxa Oriental (ortodoxia grega) e a Igreja Ocidental (catolicismo romano) e desempenhou um papel significativo no Grande Cisma de 1054. A Igreja Ortodoxa Oriental se opôs à adição do Filioque, vendo-o como uma distorção do credo original e uma alteração não autorizada feita pela Igreja Ocidental.

A diferença na compreensão da processão do Espírito Santo relaciona-se com o Filioque. Na teologia ortodoxa oriental, o Espírito Santo procede somente do Pai (monopatrismo), enfatizando o Pai como a única fonte. A Igreja Ocidental, incluindo o Catolicismo Romano, mantém a crença de que o Espírito Santo procede tanto do Pai quanto do Filho (diopatrismo ou dupla processão). Essa diferença de entendimento reflete desacordos teológicos e eclesiásticos mais amplos entre as duas tradições.

A controvérsia Filioque continua sendo um ponto contínuo de discussão teológica e um obstáculo significativo para a reconciliação entre o cristianismo oriental e ocidental. Esforços têm sido feitos nos últimos anos para se engajar no diálogo ecumênico e encontrar um terreno comum no que diz respeito à compreensão da processão do Espírito Santo.