O Pentateuco de Damasco, conhecido também como Codex Sassoon 507, datado do século X, quase completo dos cinco livros da Torá na versão massorética. Produzido por um escriba anônimo, é distinto do Documento de Damasco, um texto relacionado à comunidade de Qumran.
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Códice Athous Lavrensis
O Codex Athous Lavrensis Ψ (Psi, 044) Athos Laura B’ 52, Codex Athous Laurae, δ 6 é um manuscrito do Novo Testamento grego, uncial, escrito em pergaminho, datado dos séculos VIII-IX.
O Códice Athous Lavrensis originalmente continha todo o Novo Testamento, menos o livro de Apocalipse. A ordem dos livros consiste nos quatro evangelhos, Atos dos Apóstolos, as epístolas católicas (1-2 Pedro, Tiago, 1-3 João, Judas), as epístolas paulinas. O manuscrito não contém Pericope Adulterae
Está guardado no Mosteiro Megisti Lavra (Lavra B’ 52) em Monte Athos. Foi estudado por C. R. Gregory em 1886.
Códice Sangalense
O Codex Sangallensis, ou Δ Delta, 037, ε76, é um manuscrito uncial composto por volta do século VIII-IX.
Está guardado na Biblioteca da Abadia de Saint Gallen, na Suíça
É um manuscrito interlinear greco-latino quase completo dos Evangelhos (falta João 19:17-35). Foi estudado por Martin Gerbert (1773), Johann Martin Augustin Scholz (1830), Heinrich C. M. Rettig (1836).
Outros manuscritos da mesma coleção recebem a designação de Sangallensis: cCodex Sangallensis 1395 (século V) que possivelmente seria manuscrito mais antigo com um texto da Vulgata; Codex Sangallensis 51, cópia latina dos Evangelhos com afinidades celtas e um texto incomum de João – e 0130, um fragmento de palimpsesto grego com texto de Marcos 1-2 e Lucas 1-2.
Códice Beratino
O Codex Beratinus ou Φ Phi, 043, ε 17 (von Soden) é um manuscrito do Novo Testamento grego composto por volta dos séculos V-VI.
Trata-se de um manuscrito uncial, escrito em 190 folhas de pergaminho púrpura com uma tinta prateada. Contém, com muitas lacunas, trechos dos evangelhos de Mateus (1:1–6:3; 7:26–8:7; 18:23–19:3) e de Marcos (14:62-16:20).
É um espécime dos códices púrpuras com o Codex purpureus Rossanensis, o Codex Sinopensis e o Codex Petropolitanus Purpureus.
A notícia mais antiga dele vem de 1356, quando estava em um monastério na Albânia. Em 1875 ganhou notoriedade entre acadêmicos. Hoje é mantido nos Arquivos Estatais em Tirana.
Tipologia Textual
Tipologia Textual são agrupamentos de leituras e características de certos grupos de textos. Como os manuscritos na Antiguidade e Idade Média eram copiados de manuscritos fontes semelhantes, tendem a repetir leituras semelhantes e erros semelhantes. Esses manuscritos são agrupados em famílias de texto ou tipos de texto.
Uma abordagem já obsoleta pressupunha linhagens estáveis e distintas de manuscritos para cada tipo de texto. Hoje, constata-se que, por vezes, no mesmo manuscrito ocorrem vários tipos de leituras, ainda que um ou outro tipo tenda a ser predominante.
Entre os séculos II e IV, quatro tipos principais de textos antigos emergiram para o Novo Testamento. São chamados de Alexandrino, Ocidental, Cesariano e Bizantino. Entrentanto, não se pode restringir seus nomes com a geografia correspondente, ou seja, uma passagem em tipo alexandrino pode ter tido origem em Antioquia, Roma, Bizâncio, Cartago, Síria, e outros. Entre os papiros e textos anteriores ao século IV não há uma tipologia distinta e discernível. Contudo, com as atividades editoriais presentes nos grandes códices firmam-se as famílias de tipos textuais distintas a partir de por volta do ano 300.
O tipo alexandrino contém leituras mais curtas do que os outros tipos. Evita adições ou paráfrases. Há relativa ausência de harmonizações ou interpolações. São exemplos os grandes códices Sinaiticus, Alexandrinus (alexandrino não nos Evangelhos, mas no resto do Novo Testamento) e Vaticanus. A maioria dos críticos textuais hoje considera esta o tipo mais confiável.
O tipo ocidental é expansivo, com uma tendência a parafrasear as leituras, adicionar material e, às vezes, omitir material. As traduções latinas, incluindo a Vulgata, geralmente seguem esse tipo de texto antigo, ainda que às vezes siga uma leitura alexandrina. É tido como o menos confiável, mas surgiu muito cedo na cópia do Novo Testamento. A versão de Atos nesse tipo é cerca de 10% maior que o alexandrino. Contudo, quando o ocidental e o alexandrino concordam, há uma forte possibilidade de que seja uma leitura mais antiga disponível.
O tipo cesariano ocorre apenas para os Evangelhos. Apesar do nome, sua origem não está necessariamente ligada à Cesareia. É uma forma intermediária entre os tipos alexandrino e ocidental, com uma tendência à harmonização das passagens e leituras únicas que não se encontram em outros tipos. Sua presença em manuscritos como o Codex Koridethi e o Codex Washingtonianus sugere a possibilidade de representar uma tradição textual antiga ou o resultado de um processo editorial posterior que combina elementos de diferentes tradições.
O tipo bizantino tende a ser encontrado em manuscritos mais recentes. Aparentemente, resulta da tendência a combinar leituras dos outros tipos de texto e formar uma recensão harmonizada. Tornou-se o texto padrão para a igreja ortodoxa grega da Idade Média. Aparece nos Evangelhos do Códex Alexandrino.
