Alabastro (ἀλάβαστρον, alabastron, em grego) é um termo que, na Bíblia, se refere a um tipo de pedra, geralmente um carbonato de cálcio (alabastro calcítico ou “ônix egípcio”), embora o termo moderno também possa se referir a um sulfato de cálcio (alabastro gipsita). O alabastro bíblico é mais associado a vasos ou frascos, sem alças, usados para armazenar perfumes e óleos preciosos.
A menção mais famosa do alabastro na Bíblia encontra-se nos Evangelhos Sinópticos (Mateus 26:7; Marcos 14:3; Lucas 7:37) e em João 12:3. Uma mulher, identificada em João como Maria, irmã de Lázaro, unge Jesus com um perfume caríssimo (nardo puro) contido em um vaso de alabastro (alabastron). O ato de quebrar o vaso para derramar o perfume simboliza um gesto de devoção extrema e sacrifício. O termo grego ἀλάβαστρον (alabastron) refere-se mais especificamente ao recipiente do que ao material em si, mas, por associação, passou a designar a pedra comumente usada para fabricá-lo.
Não há um termo hebraico específico no Antigo Testamento que corresponda diretamente ao alabastro. As referências bíblicas ao alabastro estão concentradas no Novo Testamento, e estão intrinsecamente ligadas ao episódio da unção de Jesus, simbolizando um ato de adoração, generosidade e preparação para seu sepultamento. O material, valorizado por sua beleza e capacidade de preservar óleos perfumados, reforça a ideia de preciosidade e sacrifício presentes no gesto da mulher.
