Lottie Moon

Lottie Moon (1840–1912) foi uma missionária batista do sul dos Estados Unidos, pioneira no trabalho missionário na China.

Nascida Charlotte Digges Moon no Condado de Albemarle, Virgínia, recebeu uma educação privilegiada e foi uma das primeiras mulheres do sul dos Estados Unidos a obter um diploma de mestrado. No entanto, sentindo-se chamada para a missão. Causou espanto por romper as expectativas sociais para uma mulher de classe alta sulista e embarcou para a China em 1873, aos 32 anos.

Por quase 40 anos, Lottie Moon viveu e trabalhou em Tengchow e Pingtu, na província de Shandong. Aderiu à cultura local, aprendendo a língua e os costumes, e tornou-se uma professora e evangelista respeitada e amada. Com especial dedicação à educação de mulheres e meninas, fundou escolas e questionou práticas tradicionais, como o enfaixamento dos pés.

Comprometida com seu trabalho missionário, Lottie Moon frequentemente sacrificava seu conforto e bem-estar em benefício das pessoas que servia. Ela vivia de maneira modesta, compartilhando seus poucos recursos com os necessitados, e fazia constantes apelos às igrejas nos Estados Unidos por maior apoio ao trabalho missionário. Suas cartas e pedidos foram cruciais para aumentar a conscientização e os fundos destinados às missões.

A saúde de Lottie Moon deteriorou-se após anos de trabalho intenso e desnutrição, agravados por uma grande fome na região onde atuava. Em 1912, enfraquecida, foi obrigada a retornar aos Estados Unidos, mas faleceu durante a viagem, em Kobe, Japão.

O legado de Lottie Moon permanece significativo no movimento missionário. Seu exemplo de dedicação, sacrifício e defesa da educação e do evangelismo inspira gerações de missionários. Em sua homenagem, a oferta anual “Lottie Moon Christmas Offering,” promovida pela Convenção Batista do Sul, continua a apoiar o trabalho missionário em todo o mundo.

Alida Bosshardt

Alida Bosshardt ou Majoor Bosshardt (1913-2007) foi uma oficial e missionária holandesa do Exército de Salvação.

Bosshardt dedicou mais de 60 anos a servir as comunidades pobres e marginalizadas, particularmente no distrito de prostituição de Amsterdã. Bosshardt viveu por seu compromisso com a justiça social e com esforços constantes para melhorar a vida das pessoas. Era amplamente respeitada por sua compaixão e dedicação, e recebeu inúmeros prêmios e homenagens ao longo de sua vida por seu trabalho humanitário.

Anne Hart Gilbert

Anne Hart Gilbert (1768–1834) foi uma escritora, professora e abolicionista metodista caribenha.

Conhecida como uma das irmãs Hart, ao lado de Elizabeth Hart Thwaites, foi pioneira na literatura caribenha, na propagação evangelística, melhoramento das condições femininas e na crítica ao racismo e à escravidão.

Nascida em uma família afluente de afro-caribenhos senhores de escravos em Antígua, Anne Hart converteu-se em 1786 pela missão de um evangelista metodista.

Em 1798 casou-se com um homem branco, John Gilbert, enfrentando discriminação por serem um casal birracial.

Junto de sua irmã, em 1809 abriu a primeira escola dominical do Caribe, aberta a qualquer criança, independente de cor, classe social ou situação de escravizado ou livre.

Ainda com sua irmã, fundou a Female Refuge Society, uma instituição de apoio e emancipação feminina, principalmente às vítimas de opressão de cor e escravidão.

Trabalharam arduamente na propagação do avivamento metodista nas Ìndias Ocidentais.

Foi uma escritora prolífica, mas destruiu sua obra antes de morrer. Do que restou, revela-se uma pensadora perspicaz. Suas atividades aliadas à reflexão devocional e teológica antecedem a teologia negra, teologia afro-caribenha, teologia womanista e teologia da libertação.

BIBIOGRAFIA

Ferguson, Moira. The Hart Sisters: Early African Caribbean Writers, Evangelicals, and Radicals. Lincoln: University of Nebraska Press, 1993.

Saillant, John. “Antiguan Methodism and Antislavery Activity: Anne and Elizabeth Hart in the Eighteenth-Century Black Atlantic.” Church History 69, no. 1 (2000): 86-115. www.jstor.org/stable/3170581.

Lillian Trasher

Lillian Hunt Trasher (1887 – 1961) foi uma missionária americana em Asyut, Egito, onde fundou um orfanato, sendo apelidade de “Mãe do Nilo” do Egito.

Nascida em Jacksonville, Flórida, sua mãe era originalmente Quaker, mas converteu-se à Igreja Católica Romana. Na sua adolescência, Lillian converteu-se à fé evangélica. Estudou em escolas bíblicas em Cincinnati, Ohio, e Greenville, Carolina do Sul. Trabalhou em um orfanato da Carolina do Norte e no final da década de 1900 passou a congregar na Igreja de Deus (Cleveland, Tennessee) em Dahlonega, Geórgia, quando se tornou pentecostal.

Após romper seu noivado com um evangelista que não apoiava sua vocação, Lillian partiu para o Egito em 1910 com uns poucos dólares como missionária independente. Estabeleceu-se no centro do Egito, em Asyut, onde um dia uma mulher próxima da morte entregou-lhe sua criança. A partir daí iniciou sua obra de cuidado dos órfãos.

O orfanato recebia apoio de várias denominações, desde o Sínodo Evangélico do Nilo (Presbiteriano) e as Assemblies of God americanas, da qual Trasher tornou-se membro.

BIBLIOGRAFIA

https://www.cbeinternational.org/resource/article/mutuality-blog-magazine/nile-mother-story-lillian-trasher

Ingrid Løkken Chawner

Ingrid Løkken Chawner (1899-1976) foi uma missionária norueguesa em Moçambique.

Nascida em Vestfossen, no centro sul da Noruega. Converteu-se na cidade de Horten e estudou no Instituto Bíblico em Oslo. Em 1920 partiu para os Estados Unidos, onde ficaria dois anos. Em 1922 foi enviada para a África do Sul pela Evangelisalen Berøa, uma congregação independente em Oslo formada pela fusão de uma assembleia dos irmãos e uma igreja livre de cariz luterana. Nessa época, Ingrid teria abraçado o pentecostalismo.

Em 1929 Ingrid esteve em Portugal, provalvemente para aprender o idioma e obter os documentos necessários para a viagem missionária a Moçambique.

Ingrid estabeleceu e desenvolveu sua missão entre os tsongas no sul de Moçambique. Algo inusitado para a época, a jovem missionária morava entre os habitantes locais e viajava de aldeia a aldeia com uma motocicleta ou “um cavalao de aço”. Recebeu o nome de Nkosazana, que em língua xhosa significa princesa. Em 1935 já havia 14 igrejas estabelecida e Ingrid estabeleceu a primeira escola bíblica pentecostal para formação de obreiros no mundo lusófono.

Casou-se no final de 1934 com o missionário da Assembleias Pentecostais Canadenses Charles Austin Chawner (1903-1964), filhos de missionários na África do Sul. No ano seguinte, o casal visitou os Estados Unidos. Em 1942 nasceu a filha, chamada também Ingrid e em 1944 o filho Stanley.

Como o esposo teve sua entrada barrada em Moçambique, o casal estabeleceu-se em Transvaal, evangelizando migrantes tsongas que vinham trabalhar nas minas da região. Mais tarde, o casal plantou uma igreja em Gijani, uma das primeiras congregações pentecostais em Moçambique.

No final do anos 1940, devido às pressões das autoridades coloniais, deixaram o país. Na época havia cerca de 200 igrejas oriundas de sua missão. Atualmente, elas formam a Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Moçambique.

Hoje, o Centro Juvenil Ingrid Chawne em Maputo recebeu seu nome e além de receber auxílio de igrejas pentecostais norueguesas.

BIBLIOGRAFIA

Chawner, Ingrid Løkken. Nkosazana : The King’s Daughter. 1936.

Chawner, Ingrid Løkken. African jewels. Toronto, ON, Canada : Testimony Press, 1962.[Jungel-juveler].

Frodsham, Stanley H. With signs following. Springfield: Gospel Publishing House, 1946.

Upton, George R. The miracle of Mozambique. Clearbrook, BC, Canada : A. Olfert & Sons, 1980.

Norsk pinsebevegelse har skrevet misjonshistorie i Mosambik