Rodrigo Castiello (c.1928-?) foi um prisioneiro pentecostal italiano.
Nascido em Cuneo, em 1946 recusou a portar armas e usar o uniforme militar por razões de consciência e por sua fé cristã. Foi preso pelas Forças Armadas, mas em abril de 1947 foi anistiado.
Giovanni Gagliardi (1882-1964) prisioneiro pacifista e músico pentecostal.
Gagliardi era um acordeonista autodidata que viajou pela Itália, França e Alemanha tocando em pequenos teatros e tabernas. Ele foi associado ao movimento socialista pacifista internacional e mais tarde se tornou pentecostal. Devido ao seu estilo de vida não convencional, Gagliardi foi rotulado pela polícia como “anarquista” e “subversivo”.
Com a eclosão da Primeira Guerra Mundial, Gagliardi se recusou a se apresentar como músico em protesto contra o conflito. Encontrou trabalho como oficial da alfândega em sua cidade natal. Quando a Itália entrou na guerra, Gagliardi se recusou a usar uniforme e enfrentou um longo processo de interrogatório, prisão e, eventualmente, internação em um hospital psiquiátrico.
Após a guerra, foi libertado graças à intervenção do deputado socialista Armando Bussi. No entanto, com a ascensão do fascismo, Gagliardi enfrentou novos problemas. Sua conversão ao pentecostalismo em 1920 e seu passado anarquista levaram ao seu confinamento na ilha de Ventotene de 1929 a 1943.
Fidardo de Simoni (1998- noite de 23 a 24 de março de 1944) foi um crente e mártir pentecostal italiano.
Nascido em Acqualagna (província de Pesaro, região das Marcas), mudou-se para Roma nos anos 1930, onde se converte à fé cristã evangélica. Casou-se com Emília Martorelli e o casal teve sete filhos – Teresa, Alba, Fidelba, Debora, Eliseo, Elia, Stefano – todos menores na época de sua morte.
No dia 1o de fevereiro de 1935 foi preso no 13 km da via Timburtina por conduzir um culto campal proibido pela Circular Buffarini-Guidi. Solto sob vigilância da polícia, em setembro de 1943 acolheu em sua casa fugitivos. A história varia em número de um a três bem como acerca da nacionalidade, se americanos ou ingleses. Delatado, foi preso no cárcere Regina Coeli.
Na noite de 23 a 24 marco de 1944, as forças nazistas, em represália à resistência, levam 335 civis, entre eles prisioneiros como Fidardo de Simone, para serem executados nas fossas Ardeatinas.
O laudo de exumação de corpo de delito n. 294, correspondente a Fidardo di Simone diz “religião católica [sic]. profissão operário. Serviço militar reformado. Preso no dia 17 de março na Via delle Ciliegie n. 185 pela SS alemã e trazido à Regina Coeli, III Braccio, por ter hospedado em seu alojamento três ingleses. A família não sabe se o mártir teve um suplício súbito, mas é certo que também por seu ideal comunista o mártire foi preso. No dia 24 de março de 1944, também ele, mártir entre mártires foi conduzido ao lugar do calvário.”
BIBLIOGRAFIA MARTINO CONTU,MARIANO CINGOLANI,CECILIA TASCA, I Martiri Ardeatini. Carte inedite 1944 –1945. In onore di Attilio Ascarelli a 50 anni dalla scomparsa, AM&D Edizioni, “Serie Archivio Attilio Ascarelli”,Vol. I, Cagliari 2012, p. 143.