Edith Stein

Edith Stein (1891-1942) foi uma teóloga católica e mártir alemã.

Nascida em uma família judia ortodoxa, a caçula de onze crianças aderiu ao ateísmo na adolescência. Durante a Primeira Guerra Mundial, Stein foi voluntária da Cruz Vermelha. Estudou e doutorou-se em filosofia (a primeira mulher a receber tal doutorado na Alemanha), sob influência de Edmund Husserl, interessando-se pela fenomenologia.

Em 1922 converteu-se a Cristo ao ler Teresa d’Ávila, sendo batizada como católica. Banida da universidade pelos nazistas, entrou para a ordem das Carmelitas Descalças em Colônia. Foi presa nos Países-Baixos pela Gestapo e deportada para o campo de extermínio em Birkenau.

Desenvolveu uma teologia sobre as mulheres, defendendo o direito feminino ao acesso à educação e sua vocação profissional. Sua teologia parte da unidade do ser humano e na diferenciação dos gêneros. À mulher deveria ser garantido seu desenvolvimento humano, feminino e individual. Tomou como modelo a pessoa de Maria.

Stein foi pioneira de uma teologia que considera o judaísmo de Jesus Cristo e da Igreja Primitiva. Denunciou e rejeitou o antissemitismo. Sua teologia da cruz visava a união com Cristo.

Como filósofa, estudou a empatia como um meio de compreender o Outro através de si. Desse modo, a apreensão da realidade ocorre mediante a empatia.

Fidardo de Simoni

Fidardo de Simoni (1998- noite de 23 a 24 de março de 1944) foi um crente e mártir pentecostal italiano.

Nascido em Acqualagna (província de Pesaro, região das Marcas), mudou-se para Roma nos anos 1930, onde se converte à fé cristã evangélica. Casou-se com Emília Martorelli e o casal teve sete filhos – Teresa, Alba, Fidelba, Debora, Eliseo, Elia, Stefano – todos menores na época de sua morte.

No dia 1o de fevereiro de 1935 foi preso no 13 km da via Timburtina por conduzir um culto campal proibido pela Circular Buffarini-Guidi. Solto sob vigilância da polícia, em setembro de 1943 acolheu em sua casa fugitivos. A história varia em número de um a três bem como acerca da nacionalidade, se americanos ou ingleses. Delatado, foi preso no cárcere Regina Coeli.

Na noite de 23 a 24 marco de 1944, as forças nazistas, em represália à resistência, levam 335 civis, entre eles prisioneiros como Fidardo de Simone, para serem executados nas fossas Ardeatinas.

O laudo de exumação de corpo de delito n. 294, correspondente a Fidardo di Simone diz “religião católica [sic]. profissão operário. Serviço militar reformado. Preso no dia 17 de março na Via delle Ciliegie n. 185 pela SS alemã e trazido à Regina Coeli, III Braccio, por ter hospedado em seu alojamento três ingleses. A família não sabe se o mártir teve um suplício súbito, mas é certo que também por seu ideal comunista o mártire foi preso. No dia 24 de março de 1944, também ele, mártir entre mártires foi conduzido ao lugar do calvário.”

BIBLIOGRAFIA
MARTINO CONTU,MARIANO CINGOLANI,CECILIA TASCA, I Martiri Ardeatini. Carte inedite 1944 –1945. In onore di Attilio Ascarelli a 50 anni dalla scomparsa, AM&D Edizioni, “Serie Archivio Attilio Ascarelli”,Vol. I, Cagliari 2012, p. 143.

Laudo exumatório.