Henri-Marie de Lubac

Henri-Marie de Lubac (1896-1991) padre jesuíta francês, teólogo e depois cardeal .

Participou da 1a Guerra Mundial e da resistência francesa contra os nazistas. Depois da 2a Guerra dedicou-se a estudar e a difundir a história da teologia, especialmente Teilhard de Chardin, Joaquim de Fiore, Maurice Blondel, Cornélio Jansênio e Orígenes. Inicialmente visto com suspeição pelas autoridades católicas, foi convidado a orientar o Concílio Vaticano II, sendo um dos responsáveis pelo aggiornamento, especialmente quanto à aceitação das ciências e da aproximação com outras denominações cristãs.

O cerne de seu pensamento era a relação entre a vocação natural do ser humano e a vocação natural pela graça. Buscava uma síntese entre o pensamento de Agostinho e Aquino sobre essa relação.

Teilhard de Chardin

Pierre Teilhard de Chardin (1881-1955) foi um padre católico, paleontólogo e teólogo francês, pioneiro da ecoteologia.

Nascido em uma família nobre e parente distante de Voltaire, tornou-se jesuíta e estudou Bergson, física, química e geologia. Fez expedições de pesquisa à Espanha, à Etiópia, aos EUA, à Índia, a Java, à Birmânia e à África do Sul.

Devido suspeitas pelas autoridades católicas, nenhuma de suas obras teológicas foi publicada durante sua vida. Todavia, seu pensamento foi difundido por meio de palestras e textos mimeografados.

Sua teologia discorre acerca delação da matéria com o espírito. A teoria da evolução, a história geológica e a teodicéia cristã sintetizavam-se em uma visão holística do “ fenômeno do homem”. Haveria um estágio de desenvolvimento que leva à “noossfera ” (a camada consciência ou sentido, em analogia à biosfera). Essa “esfera”, por sua vez, prepara a chegada de um evento que chamava de “o Cristo cósmico”. A ponta extrema de toda evolução é o “ ponto ômega ”.

Em sua escatologia, o Cristo cósmico aparecerá no momento em que toda a consciência estiver reunida de acordo com o princípio da convergência dos centros. Nisso, cada ponto central reunirá cada consciência pessoal em uma cooperação cada vez mais intensa com os outros centros de consciência que se comunicam entre si. Isso dará origem à noossfera. A multiplicidade de centros refletindo a totalidade dos centros harmonizados contribui para a ressurreição espiritual ou manifestação do Cristo cósmico.

Henri Nouwen

Henri Nouwen (1932 — 1996) foi um psicólogo, teólogo e padre católico holandês.

Nowen desenvolveu uma teologia pastoral conciliando o amparo psicológico com cuidado ministerial. Autor de mais de 40 livros publicados, envolvia-se também os mais necessitados, assistindo pobres na América Latina e pessoas com capacidades cognitivas limitadas. Foi pioneiro da teologia da deficiência.

Hans Küng

Hans Küng (1928 -1921) eticista e teólogo católico suíço.

Pesquisador e docente da Universidade de Tübingen, serviu como conselheiro teológico durante o Concílio Vaticano II. Durante seu doutorado buscou conciliar as doutrinas católica e de Barth a respeito da justificação.

Foi crítico contra o celibato clerical e a condenação do magistério católico acerca dos métodos contraceptivos. Em 1978, depois de rejeitar a doutrina da infalibilidade papal, foi proibido de lecionar teologia católica.

Edith Stein

Edith Stein (1891-1942) foi uma teóloga católica e mártir alemã.

Nascida em uma família judia ortodoxa, a caçula de onze crianças aderiu ao ateísmo na adolescência. Durante a Primeira Guerra Mundial, Stein foi voluntária da Cruz Vermelha. Estudou e doutorou-se em filosofia (a primeira mulher a receber tal doutorado na Alemanha), sob influência de Edmund Husserl, interessando-se pela fenomenologia.

Em 1922 converteu-se a Cristo ao ler Teresa d’Ávila, sendo batizada como católica. Banida da universidade pelos nazistas, entrou para a ordem das Carmelitas Descalças em Colônia. Foi presa nos Países-Baixos pela Gestapo e deportada para o campo de extermínio em Birkenau.

Desenvolveu uma teologia sobre as mulheres, defendendo o direito feminino ao acesso à educação e sua vocação profissional. Sua teologia parte da unidade do ser humano e na diferenciação dos gêneros. À mulher deveria ser garantido seu desenvolvimento humano, feminino e individual. Tomou como modelo a pessoa de Maria.

Stein foi pioneira de uma teologia que considera o judaísmo de Jesus Cristo e da Igreja Primitiva. Denunciou e rejeitou o antissemitismo. Sua teologia da cruz visava a união com Cristo.

Como filósofa, estudou a empatia como um meio de compreender o Outro através de si. Desse modo, a apreensão da realidade ocorre mediante a empatia.