Assembly of God Missionary Fellowship

A Assembly of God Missionary Fellowship é um grupo pentecostal escandinavo-americano.

No final da década de 1890, uma série de reavivamentos varreu comunidades pietistas escandinavas em Minnesota e nas Dakotas. Esses avivamentos, enraizados em um despertar espiritual, lançaram as bases para a Assembly of God Missionary Fellowship, especialmente entre pietistas luteranos haugeanos noruegueses.

Por volta de 1905, uma rede distinta de congregações começou a se formar em Fosston, Minnesota, decorrente desses avivamentos. Esta rede eventualmente evoluiu para a Assembly of God Missionary Fellowship, compreendendo cerca de meia-dúzia de congregações independentes. Cada uma dessas congregações operava de forma independente, com autoridade compartilhada coletivamente entre todos os membros e guiada por anciãos leigos e não assalariados que se responsabilizavam pelo ensino e pelo cuidado pastoral. Essa rede de crentes e congregações tinha uma profunda desconfiança nas estruturas denominacionais formais e evitavam a formalidade litúrgica. Os cultos de adoração muitas vezes incluíam cantos, orações ajoelhadas e pregações improvisadas, guiadas pelo Espírito Santo.

Embora fosse não confessionais, geralmente aderiam a crenças pentecostais de cariz escandinava, mas mantendo-se abertos à discussões doutrinárias e inovações. Notavelmente, abraçaram a doutrina da restauração eterna ou restituição de todas as coisas, uma forma de universalismo evangélico.

A irmandade apoiava um casal missionário, Abraham e Lavinia Heidal, em seu trabalho missionário na China e em Taiwan. No entanto, após o falecimento da primeira geração que resistiu à organização formal, duas de suas congregações, Hillsboro (Dakota do Norte) e Nymore Assembly (Bemidji, Minnesota), foram incorporadas em 1944-1945.

Na década de 1970, mudanças geracionais e realocações de congregações levaram a um declínio na proeminência da rede. Muitos membros posteriormente juntaram-se a outras congregações pentecostais, particularmente as Assemblies of God as Independent Assemblies of God. Hoje, apenas uma congregação da Assembly of God Missionary Fellowship permanece ativa, a Nymore Assembly em Bemidji, Minnesota.

BIBLIOGRAFIA

Rodgers, Darrin J. “Pentecostal Origins in Scandinavian Pietism on the Great Plains”. In Burgess, Stanley M., Klaus, Byron D. (eds.) A light to the nations : explorations in ecumenism, missions, and Pentecostalism. Eugene, Oregon : Pickwick Publications, 2017.

John Murray

Nome de vários ministros e teólogos.

1.John Murray (1741–1815), ministro e pioneiro do universalismo americano. Para diferenciar de seu contemporâneo homônimo, é referido como John “Salvation” Murray.

2. John “Damnation” Murray (1742‒1793), pastor presbiteriano de Newburyport e oponente do universalismo.

2. John Murray (1898-1975) foi um teólogo presbiteriano escocês e professor do Seminário Teológico de Westminster. Discorreu sobre a imputação do pecado original e da expiação penal vicária. Escreveu um comentário sobre Romanos.

Charles Hamilton Pridgeon

Charles Hamilton Pridgeon (1863-1932) foi um teólogo, evangelista e missiólogo evangelical baseado em Pittsburgh.

Pridgeon nasceu em 7 de junho de 1863 em Baltimore, Maryland. Estudou no Princeton Theological Seminary, em Edinburgh e Leipzig. Tornou-se ministro presbiteriano, mas influenciado por A. B. Simpson, experimentou o batismo no Espírito Santo em 1892 e aderiu à doutrina da cura divina proporcionada por Cristo na expiação.

Aderente ao movimento de Vida Superior, desligou-se da Igreja Presbiteriana em 1901, quando fundou a Wylie Avenue Church, uma congregação independente em colaboração com a Aliança Cristã e Missionária. No ano seguinte, fundou o Pittsburgh Bible Institute. Como outros institutos bíblicos da época, enfocava na educação preparatória para missão e na disseminação popular da teologia sem cobrar nada.

Fez uma viagem de campo ao redor do mundo 1908-1909 para planejamento missionário. Apoiou um projeto missionário na China. Foi editor de um periódico, Record of Faith.

Nesse período, Pridgeon desenvolveu um esquema dispensacionalista com seis dispensações.

O ano de 1920 foi pivotal em sua biografia. Relocou seu ministério para de Gibsonia, Pensilvânia, onde fundou uma igreja (hoje South Canonsburg Church), orfanato e a Evangelization Society of the Pittsburgh Bible Institute, hoje com o nome Heights International Ministry. Nesse mesmo ano, Pridgeon participou de um culto de avivamento conduzido por Aimee Semple McPherson em Dayton, Ohio, passando a buscar os dons do Espírito Santo. Também publicou sua primeira edição do livro Is Hell Eternal: Or, Will God’s Plan Fail? [Seria o Inferno eterno? ou falhar-se-há o plano de Deus?], no qual argumenta a reconciliação universal após a duração temporária do inferno.

A doutrina da reconciliação universal de Pridgeon, alcunhada de pridgeonismo, causou controvérsias em várias denominações pentecostais norte-americanas, sendo condenada em 1925 pelas Assemblies of God.

BIBLIOGRAFIA

Moudry, Susan Lyn. “Before There Were Charismatics: Charles Hamilton Pridgeon and Pittsburgh Pentecostalism.” Pneuma 40.4 (2018): 517-533.

Pridgeon, Charels. Is Hell Eternal: Or, Will God’s Plan Fail? Pittsburgh: 1920.

“Pridgeonism,” The Pentecostal Testimony (November 1928), 7–8.

“Pridgeon, Charles”. Dictionary of Pentecostal and Charismatic Movements, ed. Stanley M. Burgess and Gary B. McGee. Grand Rapids, MI: Regency Reference Library, 1988, p. 727.

Albert E. Saxby

Albert E. Saxby (1873-1960) foi um pioneiro pentecostal britânico.

Começou seu ministério como pastor batista na África do Sul e mais tarde serviu em uma igreja batista em Harringay, norte de Londres. No entanto, sua vida deu uma guinada significativa quando abraçou os ensinamentos pentecostais e se tornou um dos primeiros pioneiros do movimento.

Desempenhou um papel fundamental no estabelecimento da histórica congregação Derby Hall em Londres em 1915. Tornou-se conhecido em conferências e literatura pela propagação da doutrina da evidência inicial do Batismo do Espírito Santo através do falar em línguas, do universalismo e do pacifismo.

Argumentava que havia uma distinção entre falar em línguas como um dom do Espírito e falar em línguas como um sinal ou selo do batismo do Espírito Santo. Nem todos os indivíduos batizados no Espírito Santo seriam obrigados a falar em línguas. A partir da questão retórica “todos falam em línguas?” ensinava que, embora Jesus indicasse no Novo Testamento que os crentes deveriam falar em novas línguas, isso era principalmente um sinal ou evidência do batismo da Igreja no Espírito Santo. Saxby enfatizou que o dom de línguas se destinava à edificação da igreja, mas negou que cada destinatário do dom de línguas fosse necessariamente chamado para falar uma mensagem na assembleia pública da igreja.

Sobre a reconciliação final, Saxby ensinou que o julgamento de Deus recai sobre o pecado. Assim, através da cruz, Jesus finalmente reconciliará a humanidade com Deus (Colossenses 1:20), numa sujeição onde Ele será “Tudo em todos”. Uma vez condenado o pecado, os fiéis podem esperar a vitória final sobre a morte. Portanto, quando essa sujeição for alcançada, então, e somente então, ‘o último inimigo, a morte, será destruída’.

Instrumental na conversão de Donald Gee, Saxby era descrito como sendo agradável e alegre, bem como por sua paixão pelas Escrituras e profundo amor pelas pessoas. A partir de 1923, suas posições teológicas levaram a um isolamento em relação aos grupos pentecostais britânicos.

BIBLIOGRAFIA

Gee, Donald. These Men I Knew. Personal Memories of Our Pioneers. Assemblies of God Publishing House, 1980.

Saxby, A. E. God in Creation, Redemption, Judgment and Consummation & What is Ultimate Reconciliation? El Segundo, CA : Scripture Studies Concern, 1966.

Saxby, A. E. God’s Ultimate. London, England : Arthur H. Stockwell, 1938.

Saxby, A. E. The Second Death: An Enquiry into its Meaning and Operation. an enquiry into its meaning and operation. Fallbrook, CA : Van-Del Press, 1966.