Meribá, que significa “contenda” ou “discussão” em hebraico (מְרִיבָה, merivah), é o nome dado a dois lugares distintos no Antigo Testamento, ambos associados a eventos em que o povo de Israel questionou Moisés e a provisão de Deus.
O primeiro Meribá, também chamado de Massá (“provação”), localiza-se próximo a Refidim, no deserto do Sinai (Êxodo 17:1-7). Ali, o povo, sedento, reclamou com Moisés sobre a falta de água. Moisés, por ordem de Deus, feriu uma rocha em Horebe com seu cajado, fazendo jorrar água para saciar a sede do povo. O local foi chamado de Meribá por causa da “contenda” do povo com Moisés e de Massá porque eles “provaram” o Senhor, duvidando de sua capacidade de suprir suas necessidades.
O segundo Meribá, perto de Cades, no deserto de Zim (Números 20:1-13), também foi palco de um evento similar. O povo, mais uma vez sedento, questionou Moisés e Arão. Deus ordenou a Moisés que falasse à rocha para que produzisse água, mas Moisés, irado, feriu a rocha duas vezes com seu cajado. A água jorrou, mas Deus repreendeu Moisés por sua desobediência e falta de fé, impedindo-o de entrar na Terra Prometida. Este local também foi chamado de Meribá devido à “contenda” do povo com Moisés e com Deus.
Os eventos em Meribá revelam a tendência do povo de Israel à murmuração e à desconfiança em Deus, mesmo após testemunhar milagres e livramentos.
