Inscrição de Bukān

Inscrição aramaica descoberta em Bukān, Irã (KAI 320), a leste do império neo-assírio.

Nas 13 linhas que restaram da rocha de 80 x 150 cm contém um aviso e maldições contra quem removesse o monumento. Apresenta paralelos sintático, léxico e temático com outras fórmulas aramaicas e assíricas de maldição bem como Deuteronômio 28, Levítico e Jeremias.

BIBLIOGRAFIA

Ephʿal, Israel. The Bukān Aramaic Inscription: Historical Considerations. Israel Exploration Journal 49 (1–2).

Sokoloff, Michael. The Old Aramaic Inscription from Bukān. A Revised Interpretation. Israel Exploration Journal 49, 1999.

Deuteronômio

Deuteronômio em grego é “a segunda lei”. O título hebraico é devarim, de “estas são as palavras“. No conjunto do Pentateuco é o último livro e serve de recapitulação da jornada e instrução da Lei aos israelitas. Consiste em três discursos de despedida (1-4, 5-26, 27-31:27) de Moisés nas planícies de Moabe, no final dos 40 anos de peregrinação pelos desertos durante o êxodo.

Em maior detalhe, o livro começa com um discurso de despedida proferido por Moisés nas planícies de Moabe (1: 1-5). Recapitula como Deus trouxe o povo à beira do Jordão (1: 1-4:43). Em um segundo discurso, Moisés explica o significado da aliança (5-11) e apresenta o Código de Leis Deuteronômicas (12-26), o cerne do livro. Seguem instruções para a renovação da aliança (27), uma lista de bênçãos e maldições (28) e uma exortação final para observar a aliança (capítulos 29-30). Seguem o Cântico de Moisés (31-32), sua bênção final a Israel (33) e o relato de sua morte no Monte Nebo (34) encerra o livro.

Na comparação do Código Deuteronômico (Dt 12-26) com o Livro da Aliança ou Código da Aliança (Êx 20: 22-23: 33) e o Código de Santidade (Lv 17-26) há cinco tópicos únicos a Deuteronômio: a centralização da adoração (12:1-32; passim); as cidades apóstatas (13: 12-16); deveres reais (17: 14-20); direito da guerra (20:1-20); e o assassino desconhecido (21: 1-9).