Menahem ben Saruq

Menahem ben Saruq (c. 920-c. 970) foi um gramático, lexicógrafo e poeta judeu que viveu na Espanha islâmica. Foi pioneiro da gramática e lexicografia hebraica.

A principal contribuição de Menahem ben Saruq para os estudos hebraicos foi o desenvolvimento de uma abordagem sistemática para o estudo da lexicografia hebraica. Sua obra mais importante, o “Mahberet” (Thesaurus), foi um dicionário abrangente da língua hebraica que incluiu mais de 4.000 verbetes.

Judah ben David Hayyuj

Judah ben David Hayyuj (c. 945-c. 1000) foi um gramático, filólogo e poeta judeu que viveu na Espanha muçulmana.

Hayyuj inicia a história da gramática hebraica e suas obras tiveram um impacto significativo no desenvolvimento da língua hebraica.

A principal contribuição de Hayyuj aos estudos hebraicos foi o desenvolvimento de uma abordagem sistemática e filológica para o estudo da gramática hebraica. Antes de seu trabalho, a gramática hebraica era amplamente baseada na intuição e na tradição e carecia de um conjunto claro e consistente de regras. A abordagem de Hayyuj foi influenciada pela tradição gramatical árabe e ele aplicou os princípios da gramática árabe ao estudo do hebraico.

Hayyuj produziu seu Kitab al-Tanqih (Livro do Refinamento), uma gramática da língua hebraica. Nesse trabalho, introduziu uma série de inovações, como a ideia de “raiz” de uma palavra, que se tornou um conceito fundamental na gramática hebraica e mesmo na semitologia.

Além de seu trabalho na gramática hebraica, Hayyuj também foi um poeta prolífico e escreveu vários poemas em hebraico e árabe.

Versões hebraicas do Novo Testamento

Apesar de raras, traduções do Novo Testamento para o hebraico surgiram por vários motivos. Originalmente feitas para fins privados, polêmicos ou servindo conversos, o Novo Testamento foi traduzido do grego, latim ou outras línguas para o hebraico.

Traduções de Mateus. Há pelo menos 50 versões do Evangelho de Mateus para o hebraico. A maioria datam do Renascimento em diante.

Mateus de Du Tillet. Heb.MSS.132 da Biblioteca Nacional, em Paris. Contém reminiscências de uma antiga versão hebraica, talvez remontando da Antiguidade Tardia. O manuscrito foi obtido pelo bispo Jean du Tillet dos judeus italianos em uma visita a Roma em 1553, e publicado em 1555.

Sefer Nestor ha-Komer . “O Livro de Nestor, o Sacerdote”, século VII. Contém citações significativas de Mateus, aparentemente de um texto latino.

Toledot Yeshu. “Vida de Jesus”, século VII. Uma paráfrase polêmica.

Mateus de Shem Tov ben Isaac ben Shaprut. Feita em Aragão em 1385.

Mateus de Sebastian Münster, 1537, versão impressa do Evangelho de Mateus, dedicado ao rei Henrique VIII da Inglaterra.

Mateus de Ezekiel Rahabi, Friedrich Albert Christian e Leopold Immanuel Jacob van Dort , 1741-1756. Edição hoje perdida.

Travancore Hebrew New Testament of Rabbi Ezekiel. Um exemplar comprado por Claudius Buchanan em Cochim, Índia.

Mateus de Elias Soloweyczyk, 1869.

Epístolas aos Hebreus de Alfonso de Zamora (1526).

Bíblia dodecaglota de Hütter. O Novo Testamento completo publicado por Elias Hütter, em sua edição poliglota em doze idiomas. Feita em Nuremberg, em 1599, 1600, em dois volumes.

A partir do século XIX surgiram várias edições completas do Novo Testamento em hebraico, boa parte publicadas pelas sociedades bíblicas e traduzidas diretamente do grego.