Inscrição de Bukān

Inscrição aramaica descoberta em Bukān, Irã (KAI 320), a leste do império neo-assírio.

Nas 13 linhas que restaram da rocha de 80 x 150 cm contém um aviso e maldições contra quem removesse o monumento. Apresenta paralelos sintático, léxico e temático com outras fórmulas aramaicas e assíricas de maldição bem como Deuteronômio 28, Levítico e Jeremias.

BIBLIOGRAFIA

Ephʿal, Israel. The Bukān Aramaic Inscription: Historical Considerations. Israel Exploration Journal 49 (1–2).

Sokoloff, Michael. The Old Aramaic Inscription from Bukān. A Revised Interpretation. Israel Exploration Journal 49, 1999.

Esar-Hadom

Esar-Hadom, rei da Assíria de 680 a 669 aC.

Foi filho de Senaqueribe e pai de Assurbanipal. Subiu ao trono após o assassinato de seu pai por seus irmãos. Conquistou o Egito em 671, o que tornou seu império o maior do mundo daquela época. Reconstruiu a cidade de Babilônia, destruída por seu pai. Com a estabilidade consolidada em seu reinado, o Império Assírio atingiu o seu ápice.

É mencionado três vezes na Bíblia (Is 37:38; 2 Re 19:37; Ed 4:2) e indiretamente em 2 Cr 33:11. O prisma de Esar-hadom e a lista de Assurbanipal documentam tributos pagos por Judá e mencionam o rei Minse (Manassés).

Quando o faraó Taraca (ou Tiraca) fomentou rebeliões e se aliou a Luli, rei de Tiro, e a Ezequias, rei de Judá, Esar-Hadom iniciou uma campanha de repressão. Em 673 a.C., Taraca e os seus aliados tiveram vitórias que ameaçavam o poder assírio. Assim, Esar-Hadom partiu para enfrentá-lo, mas morreu durante essa campanha apesar da conquista do Egito. A vitória assíria seria somente efetivamente cumprida por seu filho Assurbanípal.

Visando garantir um sistema de estabilidade política e militar, Esar-Hadom estabeleceu vários tratados de vassalagem com reis subjugados, o que aparentemente incluía do reino de Judá, visto que o reino de Israel já tinha sido destruído.

Os tratados de vassalagem de Esar-Hadom são importantes para compreender a forma e implicações das alianças de suserania e vassalagem na Antiguidade. Oito cópias foram descobertas em 1955, com pequenos detalhes variando (como o nome dos signatários). Foram pactos datados de 672 a.C., no qual os governantes vassalos juravam aliança e lealdade ao príncipe Assurbanipal quando sucedesse a seu pai, Esar-hadom. Assim, fornecem informações principalmente sobre a aliança deuteronômica, com suas bênçãos e maldições, especialmente Dt 13 e 28.

BIBLIOGRAFIA

Esarhaddon, and Erle Leichty. The Royal Inscriptions of Esarhaddon, King of Assyria (680-669 Bc). The Royal Inscriptions of the Neo-Assyrian Period, V. 4. Winona Lake, Ind.: Eisenbrauns, 2011.

Esarhaddon, Ashurbanipal, Frances Reynolds, Simo Parpola, and Julian Reade. The Babylonian Correspondence of Esarhaddon, and Letters to Assurbanipal and Sin-Šarru- Iškun from Northern and Central Babylonia. State Archives of Assyria, V. 18. Helsinki: Helsinki University Press, 2003.

Esarhaddon, and Rykle Borger. Die Inschriften Asarhaddons, Königs Von Assyrien. Neudruck der Ausg. 1956ed. Archiv Für Orientforschung, Beiheft 9. Osnabrück: Biblio-Verlag, 1967.

Luukko, Mikko, Greta van Buylaere, and Simo Parpola. The Political Correspondence of Esarhaddon. State Archives of Assyria, V. 16. Helsinki: Helsinki University Press, 2002.

Parpola, Simo, and Simo Parpola. Letters from Assyrian Scholars to the Kings Esarhaddon and Assurbanipal. Alter Orient Und Altes Testament, Bd. 5. Kevelaer: Butzon & Bercker, 1970.