Pragas do Egito

As pragas ou מַכּוֹת Makōt foram lançadas sobre o Egito por Deus para persuadir o faraó a libertar Moisés e seu povo da escravidão.

As dez pragas do Êxodo:

  • Dam— todas as fontes de água potável foram transformadas em sangue.
  • Tsfardeia — a terra foi invadida por sapos.
  • Kinim – O Egito estava infestado de enxames de pulgas.
  • Arov – Egípcios e gado foram atacados por picadas e picadas de moscas.
  • Dever – uma pestilência em todo o gado dos egípcios.
  • Shkhin — os egípcios sofriam de furúnculos dolorosos.
  • Barad – granizo ardente atingiu a terra.
  • Arbeh — a praga dos gafanhotos.
  • Choshech — a terra estava coberta por uma escuridão sem fim.
  • Makat Bechorot — a morte de todos os primogênitos do sexo masculino.

O número tradicional de dez pragas não é chamado assim em Êxodo. Outros relatos nos Salmos 78 e 105 parecem listar apenas sete ou oito pragas e ordená-las de maneira diferente.

Manuscrito Ashkar-Gilson

O Manuscrito Ashkar-Gilson (cerca de 600-700 d.C.) é um fragmento de um rolo da Torá contendo Êxodo 9:18–13:2 em forma consonantal proto-massorética. É um dos raros manuscritos intermediários entre o Texto Massorético e o Manuscritos do Mar Morto.

Desde os grandes códices massoréticos, a Canção do Mar foi transmitida com cuidado por copistas massoréticos com um layout específico. Os copistas usaram uma diagramação simétrica especial centralizada em blocos, com espaços em branco marcando o fim das unidades poéticas. Esse layout é encontrado em todos os rolos da Torá usados nas sinagogas atualmente e também aparece no Manuscrito Ashkar-Gilson sem qualquer desvio do arranjo posterior. Contudo, estão ausentes nos manuscritos do Mar Morto. Assim, o Manuscrito Ashkar-Gilson é um exemplar transicional entre os textos proto-massorético e massorético.

O manuscrito foi encontrado em Beirute, Líbano, em 1972, talvez venha da Geniza do Cairo. Continha Êxodo 13:19–16:1, a Canção do Mar. O Manuscrito Ashkar-Gilson foi doado à Universidade Duke. Em 2007, a universidade emprestou o fragmento ao Museu de Israel em Jerusalém, onde foi exibido no Santuário do Livro.

Enquanto estava em exibição, dois especialistas israelenses, Mordechai Mishor e Edna Engel, notaram que a caligrafia e o layout do Manuscrito Ashkar-Gilson eram semelhantes a outro fragmento de pergaminho conhecido como Manuscrito de Londres, que contém uma passagem anterior do Êxodo (Êxodo 9:18–13:2). Pesquisas adicionais confirmaram que ambos os manuscritos faziam parte do mesmo rolo da Torá, datado do século VII ou VIII d.C. O rolo reunido, contendo seções dos capítulos 9 a 16 do Êxodo, preenche uma lacuna crucial na história da transmissão do texto bíblico, fornecendo evidências de um estágio intermediário entre os Manuscritos do Mar Morto e os textos massoréticos.

BIBLIOGRAFIA

Sanders, P. “The Ashkar-Gilson Manuscript: Remnant of a Proto-Masoretic Model Scroll of the Torah”. The Journal of Hebrew Scriptures, vol. 14, Jan. 2014, doi:10.5508/jhs.2014.v14.a7.

Bitia

Bitia, Bitiá ou Bítia, em hebraico בִּתְיָה, “filha de Deus”, não se sabe se é um nome próprio, ou uma designação honorífica dada mais tarde para salientar sua importância era maior que ser a filha do faraó

Foi a filha de Faraó que resgatou Moisés das águas do Nilo (Êxodo 2:1-10). Ela o adotou como seu filho e o criou como príncipe egípcio. Em tradições tardias, ela aparece casada com Merede, descendente de Judá (1 Crônicas 4:18), assim ligando a linhagem de Moisés à de Judá.

Lendas registradas no Talmud diz que estava em um banho de purificação contra idolatria no Nilo (comparável ao batismo e ao mikvé) (Sot. 12b). Quando suas servas se recusaram a desobedecer ao decreto real e salvar a criança israelita, seu braço alongou-se milagrosamente para que pudesse alcançar o cesto em que Moisés jazia; quando quando foi curada da lepra.

Outra lenda diz Bitia foi levada ao Paraíso durante sua vida (Midrash de Provérbios 31:15). Bitia é contada entre as 22 mulheres heroínas (Mid. Hag. to Gen. 23:1, s.v.Takom).