Testamento de Levi

O Testamento de Levi são duas obra pseudepigráficas, que afirmam ser um testamento do patriarca Levi, um dos filhos de Jacó. Insere-se na obra coletivamente chamada de Testamento dos Doze Patriarcas.

O Testamento de Levi existe em duas versões: o Testamento Grego de Levi e o Testamento Aramaico de Levi. Acredita-se que a versão grega tenha sido escrita no século II aC e é considerada a mais desenvolvida das duas. Contém 18 capítulos e abrange uma variedade de tópicos, incluindo instrução religiosa, ética e escatologia. Registra duas visões: os sete céus e os sete anjos, além de previsões da era messiânica.

O Testamento Aramaico de Levi é uma obra mais curta que foi descoberta entre os Manuscritos do Mar Morto. Acredita-se que seja uma versão anterior do texto e seja datada do século I aC. A versão aramaica difere da versão grega de várias maneiras, incluindo a ordem dos capítulos, a ausência de algum material e o uso de palavras e conceitos diferentes.

Salmos 152-155

Os Salmos 152-155 são salmos extra-canônicos registrados na Peshitta Siríaca. Dois deles (Salmo 154 e 155) também são encontrados no grande rolo de Salmos do Mar Morto em hebraico. Juntamente com o Salmo 151, formam os chamados “cinco salmos apócrifos” ou os “Cinco Salmos Siríacos”.. Os Salmos 152 a 155 são encontrados em dois manuscritos bíblicos siríacos e vários manuscritos do “Livro da Disciplina” de Elias de Anbar. Foram identificados pelo bibliotecário orientalista Giuseppe Simone Assemani em 1759. ou os “Cinco Salmos Siríacos”.

O Salmo 152, “Falado por Davi quando estava contendendo com o leão e o lobo que levaram uma ovelha de seu rebanho”, sobreviveu apenas em siríaco, embora a língua original possa ter sido o hebraico. O texto tem seis versículos, o tom é não rabínico, e provavelmente foi composto em Israel durante o período helenístico (c.323–31 a.C.).

O Salmo 153, “Falado por Davi quando agradecia a Deus, que o havia livrado do leão e do lobo e ele havia matado ambos”, sobreviveu apenas em siríaco. A data e a proveniência são semelhantes ao Salmo 152.

O Salmo 154 sobreviveu em manuscritos bíblicos siríacos e também foi encontrado em hebraico, no Rolo do Mar Morto 11QPs(a)154, um manuscrito do século I d.C. Também chamado de “A Oração de Ezequias quando inimigos o cercaram”.

O Salmo 155 está preservado em siríaco e também foi encontrado no Rolo do Mar Morto 11QPs(a)155, um manuscrito hebraico do século I d.C. O tema deste salmo é semelhante ao do Salmo 22, e devido à falta de peculiaridades, é impossível sugerir data e origem, exceto que sua origem é claramente pré-cristã.

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Guerra dos Filhos da Luz Contra os Filhos das Trevas

A Guerra dos Filhos da Luz Contra os Filhos das Trevas ou Regra da Guerra, Regra da Guerra e Manuscrito da Guerra é um manual militar com conteúdo apocalíptico descoberto entre os Manuscritos do Mar Morto.

O documento é formado por vários rolos e fragmentos, incluindo 1QM e 4Q491–49.

Trata-se de uma descrição apocalíptica da guerra entre os Filhos da Luz e os Filhos das Trevas. É centrado nas batalhas escatológicas dos Filhos da Luz.

A guerra é descrita em duas fases distintas, a primeira é a Guerra contra os Quitim. Os Filhos da Luz, composta pelos filhos de Levi, os filhos de Judá e os filhos de Benjamim, e os exilados dos deserto enfrentarão Edom, Moabe, os filhos de Amom, os amalequitas e a Filístia e seus aliados, os Quitim de Assur (referidos coletivamente como o exército de Belial).

A segunda parte da guerra ou a Guerra das Divisões será quando os Filhos da Luz, agora as doze tribos unidas de Israel, conquistando as nações da vaidade, durante quarenta anos de combate..

Essas duas guerras guerras aparecem no início do documento. Depois seguem instruções litúrgicas, rituais e apotropaicas para as flâmulas, trombetas, dardos. Por fim, descreve a batalha em sete etapas, liderada pelos sacerdotes, entre a Luz e as Trevas, a Guerra contra os quitim. A batalha é finalmente vencida por intervenção divina.

Comentário de Habacuque

Comentário de Habacuque, pesher Habakkuk, 1QpHab é um dos primeiros manuscritos do Mar Morto a ser descoberto e publicado. O comentário utiliza o texto do Livro de Habacuque para interpretar eventos contemporâneos. Argumenta que há um Mestre da Justiça que conhece o verdadeiro significado das Escrituras e está em comunhão com Deus. Tal mestre tem como oponentes o Sacerdote Mau e o Homem das Mentiras.

1QS – Regra da Comunidade

O manuscrito 1QS ou Regra da Comunidade (anteriormente Manual de Disciplina) é um dos primeiros encontrados nas cavernas do Mar Morto.

Era um documento importante da Comunidade de Qumran, pois instruía nas normas de admissão e pertencimento ao grupo

Possui quatro partes.

Inicia com instruções para a admissão de novos membros e para um festival anual de renovação do pacto.

A segunda parte expõe a doutrina dos dois espíritos: concepção dualista dos espíritos e filhos da luz contra os espíritos das trevas ou filhos da maldade.

Seguem as regras para a ordem da comunidade, incluíndo um catálogo de punições.

Termina com instruções para a oração e um salmo.