Óstraca de Khirbet Qeiyafa

A óstraca de Khirbet Qeiyafa é um caco e um vazo cerâmico de 15 por 16,5 centímetros com cinco linhas de texto, descoberto durante as escavações em Khirbet Qeiyafa em 2008. A datação é estimada ser do século X a.C.

O texto é importante tanto ser uma atestação do hebraico arcaico quanto por ser uma das primeiras menções possíveis do mandado de proteção ao quádruplo de vulnerabilidade.

Segundo a reconstiuição de Gershon Galil da Universidade de Haifa, a óstraca diz:

1 você não deve fazer [isso], mas adorar [El]
2 Julgue o escravo e a viúva / julgue o órf[ão]
3 [e] o estrangeiro. [pleite para o bebê / implore para o pobre e]
4 a viúva. Reabilite [os pobres] nas mãos do rei
5 Proteja o pobre e o escravo / [apoiar o estrangeiro]

Khirbet Qeiyafa é um sítio arqueológico no local de uma antiga cidade fortaleza diante do Vale de Elá. As ruínas da fortaleza foram descobertas em 2007, perto da cidade de Beit Shemesh, a 30 km de Jerusalém.

Edfu

Umas das raras fontes da presença judia no Egito durante a era romana é a comunidade Apolinópolis Magna ou Edfu.

Edfu é uma cidade egípcia, localizada na margem oeste do rio Nilo, entre Esna e Asuã. Tell Edfu contém o Templo Ptolomaico de Hórus.

Óstracas encontradas nesse sítio são datadas entre 70 d.C. e 116 d.C. A maioria delas, escritas em grego, são recibos e um terço registra a tributação do fisco judaico imposto por Vespasiano depois da Primeira Guerra Judaica.

Hacham, N., & Ilan, Ṭ. (Eds.). (2020). Corpus Papyrorum Judaicarum. De Gruyter Oldenbourg.

Tcherikover, Avigdor, Alexander Fuks, and Menaḥem Shṭern. “Corpus papyrorum Judaicarum: with an epigraphical contribution by David M. Lewis.” (1957).

Papiros de Afroditópolis

Afroditópolis (Afrodites Polis ou Aphroditopolis) é o nome grego de vários lugares no antigo Egito. No caso, os papiros encontrados em Afroditópolis é a localidade também chamada Pathyris (El-Gabalein). O sítio arqueológico de Naga el-Gherira está localizado a cerca de 32 quilômetros ao sul de Luxor (antiga Tebas), na margem ocidental do Nilo.

Era um centro de culto a Hator, a quem os gregos identificaram com Afrodite e visitada por Estrabão.

Uma necrópole do período ptolomaico forneceu vários papiros e óstracos gregos e demóticos. Entre 1890 e 1930 esses materiais foram descobertos. Entre eles está o arquivo do mercenário Horos, filho de Nechoutes, e o arquivo de Dryton e Apollonia.

No reinado de Ptolomeu VI Filometor, foi criado um acampamento militar após a rebelião tebana de 186 aC. As forças rebeldes destruíram a base em 88 aC., depois disso, não foi mais ocupado em larga escala.

Os papiros de Afroditópolis não devem ser confundidos com os papiros de Afrodito.

Bell, Harold Idris. “The Aphrodito Papyri.” The Journal of Hellenic Studies 28.1 (1908): 97-120.