Papiro Deir Balyzeh

O Papiro Deir Balyzeh ou Der Balyzeh Euchologion são fragmentos de um papiro do século VI proveniente do Egito. Contém fragmentos de textos cristãos: três orações, um credo curto e uma porção de Anáfora (uma Oração Eucarística).

Os fragmentos em três folhas escritas em unciais em ambos os lados e agora na Biblioteca Bodleian, foram encontrados em 1907 nas ruínas do mosteiro Deir Balyzeh na vila de Al Balyzeh na província de Asyut. O mosteiro chegou a ter uma população estimada de 1000 monges entre os anos 500 e 750.

O credo é bem curto e pode ser para fins batismais:

Creio em Deus Pai todo-poderoso e em seu Filho unigênito, nosso Senhor, nosso Senhor Jesus Cristo, no Espírito Santo, na ressurreição da carne, na santa Igreja universal.

Papiro 46

Papiro 46 (𝔓46) é um antigo manuscrito grego do Novo Testamento da coleção Chester Beatty Papyri, datado entre 175 dC. ao início do século III.

O 𝔓45 inclui porções de Romanos, 1 Coríntios, 2 Coríntios, Gálatas, Efésios, Colossenses, Filipenses, 1 Tessalonicenses e Hebreus. Poussui páginas numeradas, abreviações de nomina sacra e variantes textuais, como marcas de leitura. Seu tipo de texto é alexandrino.

Sua origem é incerta, mas pode ter vindo das regiões de Fayyum ou Asyut, no Egito.

Papiro Rylands 458

Papyrus Rylands 458 é um manuscrito do Pentateucna versão Septuaginta, talvez o mais antigo.

É um rolo fragmentário e contém Deuteronômio 23:24 (26)–24:3; 25:1–3; 26:12; 26:17–19; 28:31–33; 27:15; 28:2.

Datado de meados do século II aC, talvez sejao mais antigo manuscrito da Septuaginta.

Foi descoberto em 1917 por J. Rendel Harris e publicado em 1936. Está guardado na Biblioteca John Rylands (Gr. P. 458) em Manchester.

Papiros de Zenon

Os papiros ou o Arquivo de Zenon (c.280-c220 a.C.) consiste de grupo de documentos descobertos na antiga Filadélfia, na região de Fayum, no Egito. Esses papiros eram documentos mantidos por Zenon, secretário de um funcionário do governo egípcio.

O Arquivo de Zenon registra a vida e a administração do Egito ptolomaico e datam do século III a.C,. entre os reinados de Ptolomeu II e Ptolomeu III.

Zenon, filho de Agreofonte, nasceu na cidade de Kaunos, na costa da Cária, na Ásia Menor grega.

Em 260 a.C., Zenon era secretário de Apolônio, um conselheiro de Ptolomeu II, responsável pelo tesouro e supervisão de várias terras. Além de manter os documentos, fazia o papel de chefe de gabinete, supervisionando os bens e interesses particulares de Apolônio, bem como escrutinando pessoas que pediam audiência com seu empregador.

Zenon parece ter viajado extensivamente em nome de Apolônio por todas as propriedades ptolomaicas. Teria viajado pela Palestia, Transjordânia e Síria. Atesta a presença da comunidade judia dos tobíadas em Amã. Também atesta a vida dos judeus no Egito.

O arquivo foi descoberto na década de 1915 nos restos de uma casa.

BIBLIOGRAFIA

https://apps.lib.umich.edu/reading/Zenon/index.html

Zenon Papyri: Jews in Hellenistic Egypt

Papiros de Oxirrinco

Os Papiros de Oxirrinco ou Oxyrhynchus Papyri é a maior coleção de papiros encontrada. Oriunda do sítio arqueológico de Oxirrinco, próximo à atual cidade de El-Bahnasa na província de Al-Minya, Egito, a aproximadamente 160 quilômetros ao sul de Cairo, na margem esquerda do Bahr Yussef, um braço do Nilo que agora termina no oásis de Fayum.

As ruínas de Oxirrinco foram descobertas e identificadas por Vivant Denon, um dos estudiosos franceses que acompanhou Napoleão Bonaparte na campanha egípcia (1799-1802).

As primeiras escavações foram realizadas em 1897 pelos ingleses Bernard P. Grenfell e Arthur S. Hunt. Suas escavações desenterraram milhares de papiros em um lixão. Os manuscritos datam dos períodos ptolomaico (século III aC) e romano (de 32 aC) mas vão até a conquista muçulmana do Egito em 640 dC.

As descobertas são estudadas até hoje pela Sociedade de Exploração do Egito, com um número substancial de itens agora guardados no Museu Ashmolean, em Oxford.

A maior parte dos papiros foram sido escritos em grego. Alguns textos estão escritos em egípcio (hieróglifo, hierático, demótico) e principalmente copta. Outros estão em latim, árabe, em hebraico, aramaico, siríaco e persa palavi. Cerca de 10% dos papiros são literários. Os outros 90% são papiros documentais, sendo evidências importantes para reconstruir o cotidiano. Desde sua descoberta, cerca de 1% dos papiros foram processados e publicados, ou seja, cerca de 5.000 papiros publicados desde 1898.

Após as escavações iniciais, Oxirrinco atraiu diversas missões italianas e inglesas até a década de 1930, quando os esforços oficiais foram interrompidos por um período de cinquenta anos. Infelizmente, a exploração predatória não parou durante esse período. Saqueadores vasculharam o local e muitas antiguidades desenterradas nesses anos foram identificadas em coleções privadas, universidades e museus. Hoje, o local com o maior número de antiguidades de Oxirrinco é o Museu Nacional de Antiguidades de Leiden, na Holanda.

Entre os literários há obras de Platão, com, a República, Fédon ou o diálogo Górgias; os Elementos de Euclides; peças de Menandro; histórias de Tito Lívio, dentre outros. De especial significância são os papiros relacionados aos judeus e cristãos.

Relevantes para os estudos bíblicos estão os fragmentos dos primeiros Evangelhos não canônicos como Oxirrinco 840 (século III dC) e Oxirrinco 1224 (século IV dC). Outros textos de Oxirrinco preservam partes de Mateus 1 (século III: P2 e P401 ), 11–12 e 19 (século III ao IV: P2384, 2385 ); Marcos 10–11 (séculos V a VI: P3 ); João 1 e 20 (século III: P208); Romanos 1 (século IV: P209); a Primeira Epístola de João (séculos IV a V: P402 ); o Apocalipse de Baruque (capítulos 12–14; século IV ou V: P403 ); o Evangelho de Tomé (século III d.C.: P655 ); O Pastor de Hermas (século III ou IV: P404 ), uma obra de Irineu , (século III: P405 ). Existem muitas partes de outros livros canônicos, bem como muitos hinos, orações e cartas dos primeiros cristãos. Do Antigo Testamento, há partes de Gênesis, Êxodo, Levítico, Josué, Jó, Salmos, Eclesiastes, Amós e Ester.