Albert E. Saxby

Albert E. Saxby (1873-1960) foi um pioneiro pentecostal britânico.

Começou seu ministério como pastor batista na África do Sul e mais tarde serviu em uma igreja batista em Harringay, norte de Londres. No entanto, sua vida deu uma guinada significativa quando abraçou os ensinamentos pentecostais e se tornou um dos primeiros pioneiros do movimento.

Desempenhou um papel fundamental no estabelecimento da histórica congregação Derby Hall em Londres em 1915. Tornou-se conhecido em conferências e literatura pela propagação da doutrina da evidência inicial do Batismo do Espírito Santo através do falar em línguas, do universalismo e do pacifismo.

Argumentava que havia uma distinção entre falar em línguas como um dom do Espírito e falar em línguas como um sinal ou selo do batismo do Espírito Santo. Nem todos os indivíduos batizados no Espírito Santo seriam obrigados a falar em línguas. A partir da questão retórica “todos falam em línguas?” ensinava que, embora Jesus indicasse no Novo Testamento que os crentes deveriam falar em novas línguas, isso era principalmente um sinal ou evidência do batismo da Igreja no Espírito Santo. Saxby enfatizou que o dom de línguas se destinava à edificação da igreja, mas negou que cada destinatário do dom de línguas fosse necessariamente chamado para falar uma mensagem na assembleia pública da igreja.

Sobre a reconciliação final, Saxby ensinou que o julgamento de Deus recai sobre o pecado. Assim, através da cruz, Jesus finalmente reconciliará a humanidade com Deus (Colossenses 1:20), numa sujeição onde Ele será “Tudo em todos”. Uma vez condenado o pecado, os fiéis podem esperar a vitória final sobre a morte. Portanto, quando essa sujeição for alcançada, então, e somente então, ‘o último inimigo, a morte, será destruída’.

Instrumental na conversão de Donald Gee, Saxby era descrito como sendo agradável e alegre, bem como por sua paixão pelas Escrituras e profundo amor pelas pessoas. A partir de 1923, suas posições teológicas levaram a um isolamento em relação aos grupos pentecostais britânicos.

BIBLIOGRAFIA

Gee, Donald. These Men I Knew. Personal Memories of Our Pioneers. Assemblies of God Publishing House, 1980.

Saxby, A. E. God in Creation, Redemption, Judgment and Consummation & What is Ultimate Reconciliation? El Segundo, CA : Scripture Studies Concern, 1966.

Saxby, A. E. God’s Ultimate. London, England : Arthur H. Stockwell, 1938.

Saxby, A. E. The Second Death: An Enquiry into its Meaning and Operation. an enquiry into its meaning and operation. Fallbrook, CA : Van-Del Press, 1966.

William Seymour

William Joseph Seymour (1870 – 1922) foi um pregador de santidade afro-americano que iniciou o avivamento pentecostal da rua Azusa.

Nascido comoo segundo de oito filhos de ex-escravizados na Louisiana, cresceu em extrema pobreza. Sua família era originalmente católica, mas frequentava uma igreja batista.

Adulto, Seymour foi morar em Indianápolis, onde aderiu ao metodismo na vertente do movimento de Santidade, onde se converteu. Também frequentava a “Evening Light Saints” ou Igrejas De Deus de Daniel S. Warner , um grupo anabatista de santidade, adotando seus princípios igualitários e primitivistas.

Morando em Houston, frequentou a escola bíblico do ministro pentecostal Charles Parham. Aceitou o ensino Parham de que falar em línguas era sinal do batismo no Espírito Santo.

Em 1906, Seymour mudou-se para Los Angeles, Califórnia, convidado por uma pequena igreja de santidade. Iniciou a pregar a mensagem pentecostal, resultando no avivamento da Rua Azusa e atraindo grandes multidões, bem como cobertura da mídia.

As práticas de culto e a comunidade racialmente integrada chocava as expectativas sociais da época.

Nessa época, Seymour teria dado apoio para formar a Italian Pentecostal Mission, mais tarde renomeada Italian Christian Assembly. Os crentes italianos ocasionalmente congregavam e mantiveram comunhão com outros crentes americanos na Victoria Hall Assembly, pastoreada por Warren Fisher, onde também frequentemente William Seymour e Aimee McPherson.

Iniciou a publicação de um periódico, The Apostolic Faith, e serviu de centro de comunicação aos avivados pelo mundo. Contudo, em uma complexa relação entre teologia, liderança e racismo, várias figuras do nascente pentecostalismo romperam com ele (Parham, Florence Crawford, W. H. Durham), diminuindo o fervor em Azusa.

Um pensandor pentecostal em seu próprio mérito, somente a partir do centenário do avivamento de Azusa que sua obra esparça começou a ser avaliada.

Elder Lucy Smith

Lucy Turner Smith (1875-1952), também conhecido como Elder Lucy Smith (anciã Lucy Smith), foi uma ministra pentecostal, a primeira pessoa a liderar uma megaigreja pentecostal em Chicago, aAll Nations Pentecostal Church.

Nascida em um casebre pobre em Woodstock, Georgia, descendente de escravizados, foi criada sozinha por sua mãe junto de seus cinco irmãos. Converteu-se aos doze anos de idade e depois começou a estudar. Casou-se, teve nove filhos, mas foi abandonada pelo marido.

Smith mudou-se para Chicago em 1910, onde frequentou a Stone Church. Depois de alguns anos, começou a fazer reuniões de oração em sua casa com duas pessoas. Aos poucos, começaram a correr notícias dos milagres ocorridos em suas reuniões, sobretudo de cura e batismo no Espírito Santo. Em três anos o grupo cresceu e alugaram um local. Já em 1926 Smith conseguiu construir um prédio próprio no preço de $65,000 (o equivalente a 1 milhão em 2020). Em 1930 cerca 5 mil pessoas congregavam com ela na All Nation Pentecostal Church.

Em 1933 iniciou a pregar no rádio e a viajar especialmente pelo interior de Illiniois. Sua igreja atraiu especialmente a população pobre e negra que migrava do Sul para Chicago. Sua neta Lucy Smith Collier (1925-2010) tornou-se uma das mais famosas cantoras e compositoras do gospel.

Seu funeral reuniu 60 mil pessoas, o maior da história de Chicago.