Anthony D. Palma

Anthony David Palma (1926-2023) exegeta e teólogo pentecostal ítalo-americano.

Nascido em uma família católica em Hoboken, NJ, apesar do sobrenome, não eram aparentados aos Palmas de Chicago e Syracuse. Aos doze anos converteu-se na Chiesa Cristiana della Fede Apostolica de Jersey City junto de sua família. Na época, era uma congregação pertencente à Igreja Cristã da América do Norte (CCNA).

Estudou em um instituto bíblico das Assembleias de Deus, a partir de então recebeu credenciais de ministro ordenado pelas Assemblies of God. Foi capelão militar e professor em várias faculdades. Obteve seu doutorado pelo Concordia Seminary em St. Louis, Missouri.

Foi presidente da Society for Pentecostal Studies. Participou de comissões teológicas da Associação Nacional dos Evangelicais (NAE) e da World Evangelical Fellowship.

Em sua reflexão teológica explicou os significados do Batismo no Espírito Santo e suas manifestações visíveis. Foi um hábil demonstrador da correlação do falar em línguas e o batismo no Espírito Santo. Entre suas obras mais notáveis estão O Espírito Santo (2001) e Batismo no Espírito Santo e com fogo (2002) e um comentário sobre 1 Coríntios para o Life in the Spirit Commentary.

BIBLIOGRAFIA

Palma, Anthony D. O Batismo no Espírito Santo e com fogo: os fundamentos bíblicos e a atualidade da doutrina bíblica pentecostal. Rio de Janeiro, CPAD, 2002.

Palma, Anthony D.The Holy Spirit: A Pentecostal Perspective. Gospel Publishing House/ Logion. 2001

Harvey Cox

Harvey Cox (1929- ) é um teólogo batista americano e professor da Harvard Divinity School. Cox discute sobre a interseção entre religião e sociedade, incluindo seus livros “The Secular City” e “Fire From Heaven”.

“The Secular City””, publicado em 1965, tornou-se um clássico no campo dos estudos religiosos. Neste livro, Cox argumenta que a urbanização e a secularização da sociedade não são ameaças à religião, mas sim oportunidades para que ela se adapte e prospere de novas maneiras. Diante da tese então em voga que o mundo moderno seria cada vez mais secularizado, Cox via a cidade como um lugar onde diversas culturas e visões de mundo podem interagir e aprender umas com as outras, levando a uma sociedade mais pluralista e tolerante. Seria uma oportunidade de viver o evangelho plenamente em um novo contexto.

Em “Fire From Heaven” apresenta as três dimensões da espiritualidade elementares (primal) do pentecostalismo. Segundo Cox, essas três dimensões são fala primal, piedade primal e esperança primal. A fala primal diz respeito à comunicação, incluindo a glossolalia, conhecida como “falar em línguas”. A piedade primal também é sobre comunicação, mas não verbal. Isso aponta para o ressurgimento do Pentecostalismo em relação à transe, visão, cura, sonhos, dança e outras expressões religiosas arquetípicas. A esperança primal aponta para a perspectiva milenarista do Pentecostalismo – sua insistência em que uma nova era radicalmente nova está prestes a surgir. Isso significa para os pentecostais a plena restauração dessa nova vida e idade no próximo mundo, após a morte.

Ao longo de sua carreira, Cox tem sido um defensor do cristianismo liberal e um crítico do fundamentalismo religioso. É um defensor vocal da justiça social e do papel da religião na promoção da paz e da compreensão entre diferentes culturas e religiões.

BIBLIOGRAFIA.

Cox, Harvey. Fire from Heaven: The Rise of Pentecostal Spirituality and the Reshaping of Religion in the Twentieth-Century. London: Cassell, 2000.

Gregory A. Boyd

Gregory A. Boyd (1957- ) é um teólogo, biblista e pastor evangélico americano associado ao neo-anabatismo.

Defende o pacifismo cristão e uma compreensão não violenta de Deus. Originalmente criado como católico romano, tornou-se ateu na adolescência até se converter ao pentecostalismo unicista. Mais tarde aderiu aos batistas.

Estudou na Universidade de Minnesota, Yale Divinity School e Princeton Theological Seminary.

Discute o teísmo aberto, acerca da natureza dinâmica e pessoal do relacionamento de Deus com a humanidade. Discorre também sobre Satanás, o problema do mal, a guerra espiritual e demonologia. É adepto do condicionalismo cristão ou aniquilacionismo.

Critica o cristianismo evangélico americano por estar muito politizado. O Reino de Deus sempre se parece com Jesus, sem procurar manter o controle ou o poder sobre os outros, mas servindo-os e amando-os com abnegação. Portanto, o evangelho não pode ser associado a nenhuma ideologia política ou nacionalista.

Sua congregação, Woodland Hills Church em St. Paul, Minnesota, era originalmente batista, mas em 2019 tornou-se não denominacional, cooperando com grupos anabatistas.

As obras influentes de Boyd incluem “Deus do Possível” (2000) e “O Mito de uma Nação Cristã” (2005).

Harold S. Bender

Harold S. Bender (1897-1962) foi um teólogo menonita dos Estados Unidos. Ele foi uma das principais vozes do movimento anabatista e foi fundamental no desenvolvimento da estrutura teológica para a Igreja Menonita.

Em seu livro “The Anabatist Vision” (1944), Bender descreve as principais crenças e práticas da fé anabatista. Salienta que o anabatismo original era fiel a três pontos: 1) uma nova concepção da essência do cristianismo como discipulado, 2) uma nova concepção da Igreja como uma irmandade e 3) uma nova ética de amor e não resistência.

BIBLIOGRAFIA

Bender, Harold Stauffer. The Anabaptist Vision. Mennonite Publishing House, 1960.

Nathaniel William Taylor

Nathaniel William Taylor (1786-1858) foi um teólogo congregacionalista que estudou com o filho de Edwards e se tornou um dos principais proponentes da Teologia de New Haven, um movimento que procurou modernizar as ideias de Edwards para o século XIX.

Taylor enfatizou a importância da agência humana na salvação e minimizou a doutrina do pecado original. Salienteva, em vez disso, o papel da responsabilidade pessoal pelo pecado.

Desenvolveu a doutrina de “governo moral” – a ideia de que Deus governa o universo de acordo com princípios morais.

Suas ênfases na moralidade e na responsabilidade levaram a todo redirecionamento dos evangélicos nortistas para obras de justiça social.