Brian McLaren

Brian D. McLaren (nascido em 1956) é um pastor, autor e líder do movimento da igreja emergente.

McLaren nasceu em uma família aderente ao movimento dos Irmãos. Nos anos 1980 tornou-se pastor em uma igreja evangelical, testemunhando seu crescimento.

Nos anos 2000 foi expoente de uma tendência evangelical ecumênica e progessista, defendendo uma “ortodoxia generosa” pluralista.

BIBLIOGRAFIA

McLaren, Brian. A Generous Orthodoxy: Why I Am a Missional, Evangelical, Post/Protestant, Liberal/Conservative, Mystical/Poetic, Biblical, Charismatic/Contemplative, Fundamentalist/Calvinist, Anabaptist/Anglican, Methodist, Catholic, Green, Incarnational, Depressed-yet-Hopeful, Emergent, Unfinished CHRISTIAN. Zondervan, September 2004.

Donald Bloesch

Donald George Bloesch (1928–2010) foi um teólogo evangelical congregacionalista americano.

Bloesch criticava tanto o misticismo fundamentado primordialmente nas experiências quanto um racionalismo que confiava no conhecimento intelectualizado. Estudou exaustivamente vertentes teológicas globais e apresentou uma síntese da teologia evangelicalista.

Criticava tanto vertentes nos polos liberais e fundamentalistas do protestantismo americano. Bloesch era tido como “evangélico progressista” ou “ortodoxo ecumênico” e visto como “conservador” dentro da Igreja Unida de Cristo, da qual era membro e ministro ordenado.

Donald Bloesch enfatizou a importância da autoridade bíblica e a necessidade da fé cristã para se envolver com a modernidade. Bloesch é autor de vários livros, incluindo “The Christian Foundation” (1978) e “The Church: Sacraments, Worship, Ministry, Mission” (2002).

Stanley Hauerwas

Stanley Hauerwas (nascido em 1940) é um teólogo metodista americano.

Como intelectual público, propaga discussões sobre ética. Faz críticas às contradições da democracia eleitoral, capitalismo, militarismo, fundamentalismo e teologia liberal. Teologicamente, combina contribuições das tradições metodistas, anabatisas, anglicanas e católicas. É um proponente do pacificsmo tanto com bases teológicas quanto em ética pública.

Walter Brueggemann

Walter Brueggemann (1933-2025) foi um biblista e teólogo congregacionalista americano.

Como exegeta, Brueggemann investigou o Antigo Testamento. Escreveu vários comentários acerca de diversos livros do Antigo Testamento. Neles, combinou uma análise pela tradição profética hebraica e mediante a imaginação sociopolítica da Igreja.

Em sua teologia, Brueggeman enxerga na Igreja a missão de fornecer uma contra-narrativa para as forças dominantes do consumismo, militarismo e nacionalismo.

Central para o pensamento de Brueggemann é o conceito de imaginação profética, introduzido em seu livro de 1978, The Prophetic Imagination. Ele argumenta que os profetas bíblicos, como Moisés, Jeremias e Isaías, não eram meros adivinhos, mas vozes alternativas que se levantavam contra sistemas opressores dominantes, sejam eles o Faraó do Egito, a monarquia corrupta de Israel ou os impérios invasores.

A imaginação profética opera em duas frentes principais: primeiro, ela envolve a crítica da consciência dominante, desmascarando as ideologias desumanizadoras que sustentam o poder político e econômico. Segundo, ela canaliza a energia para a realidade alternativa, articulando esperança e novas possibilidades enraizadas na aliança e na justiça de Deus. Brueggemann salienta que a linguagem poética é fundamental para essa tarefa profética, pois as metáforas, lamentações e doxologias dos profetas rompem com o pensamento convencional e abrem espaço para novas visões.

Brueggemann consistentemente sublinha a centralidade da aliança na fé bíblica, seja a aliança abraâmica, mosaica ou davídica. Para ele, a aliança estabelece o fundamento relacional da conexão de Yahweh com Israel, caracterizada por fidelidade e obrigações mútuas.

Essa teologia da aliança não é meramente histórica; ela possui uma ética subversiva intrínseca. Ao priorizar a justiça para os vulneráveis — viúvas, órfãos e imigrantes — a aliança desafia e subverte sistemas exploradores. Consequentemente, a tensão com o império é uma característica recorrente da identidade da aliança de Israel, que frequentemente entra em conflito com potências imperiais como o Egito, a Babilônia e Roma.

Brueggemann aborda as Escrituras não como um texto estático, mas como uma conversa contínua. O biblista reconhece a presença de testemunho e contra-testemunho dentro da Bíblia, onde vozes diversas, por vezes conflitantes, apresentam diferentes facetas de Deus — justo e misterioso, presente e ausente.

Sua abordagem é marcada por uma interpretação pós-crítica, que integra métodos histórico-críticos com leituras literárias e teológicas, valorizando o poder transformador do texto. Para Brueggemann, a Escritura funciona como um roteiro, oferecendo um guia para uma vida fiel e convidando as comunidades a reimaginar suas próprias histórias dentro de sua vasta estrutura.

Brueggemann revitalizou a teologia do lamento, notavelmente em The Message of the Psalms (1984). Argumentava que o luto, expresso nos salmos de lamento, é necessário para perturbar um otimismo falso e superficial, abrindo caminho para uma esperança autêntica. Para ele, a esperança não é uma passividade, mas um ato de resistência contra o desespero, firmemente enraizado nas promessas e nos atos libertadores de Deus, como o Êxodo, o retorno do Exílio e a Ressurreição.

A teologia de Brueggemann não se restringe ao domínio acadêmico; ela se estende a um engajamento com questões sociais contemporâneas. Foi um crítico ferrenho da justiça econômica moderna, denunciando o neoliberalismo e o consumismo e defendendo uma redistribuição mais equitativa dos recursos, como explorado em God, Neighbor, Empire (2016).

Além disso, Brueggemann incorporou a ecoteologia em seu pensamento. Aliava o cuidado com a criação como uma responsabilidade intrínseca à aliança de Deus. Também promovia ativamente a promoção da paz, questionando o militarismo e a violência com base nas tradições proféticas da Bíblia.

A influência de Brueggemann se estende à pregação e ao ministério. Encorajava os pregadores a ver a pregação como subversão, desafiando as suposições culturais dominantes e capacitando as vozes marginalizadas. Sua teologia pastoral enfatiza o papel vital da igreja no cultivo de comunidades alternativas de esperança, onde a fidelidade a Deus se manifesta em práticas de justiça e compaixão.

BIBLIOGRAFIA SELETA
Brueggeman, Walter. The Prophetic Imagination (1978).

Brueggeman, Walter. Theology of the Old Testament (1997)

Brueggeman, Walter. The Message of the Psalms (1984)

Brueggeman, Walter. Sabbath as Resistance (2014).

David Bentley Hart

David Bentley Hart (nascido em 1965) é um polímata, escritor, filósofo e teólogo ortodoxo americano.

Nascido em uma família anglicana, seus irmãos Addison Hodges Hart e Robert Hart também são teólogos e autores.

Hart investiga metafísica cristã, filosofia da mente, clássicos, teologia sistemática, línguas asiáticas e literatura.

Um autor prolífico, Hart discute sobre arte, beisebol, literatura, consciência, problema do mal, apocatástase, teose, cinema e política. Como biblista, fez uma tradução do Novo Testamento publicada pela Yale em 2017. Produz várias críticas ao neoateísmo, materialismo, integralismo, neotomismo e calvinismo.