Maximalismo e minimalismo

Nos estudos bíblicos, maximalismo e minimalismo referem-se a duas abordagens opostas para a interpretação histórica dos textos bíblicos.

O maximalismo considera que os textos bíblicos contêm uma quantidade significativa de informações históricas e que geralmente são fontes confiáveis para entender a história do antigo Israel. Os maximalistas geralmente assumem que os textos bíblicos foram escritos ou compilados por autores que tiveram acesso a fontes confiáveis de informação e que os próprios textos refletem uma realidade histórica.

O conhecido como o fundador da arqueologia bíblica, William F. Albright era um proponente do maximalismo que acreditava que os eventos históricos descritos na Bíblia poderiam ser verificados por meio de evidências arqueológicas. Seu aluno George Ernest Wrigh também acreditava na precisão histórica da Bíblia e na confiabilidade do registro bíblico.

Em contraste, o minimalismo é a visão de que os textos bíblicos contêm muito pouca informação histórica e que não são confiáveis como fontes para a compreensão da história do antigo Israel. Os minimalistas geralmente assumem que os textos bíblicos foram escritos ou compilados muito depois dos eventos que pretendem descrever, e que refletem preocupações teológicas e ideológicas em vez de uma realidade histórica. Seus proponentes são chamados de Escola de Copenhague. Thomas L. Thompson argumentou que a Bíblia é em grande parte uma obra de ficção que foi criada muito depois dos eventos que ela pretende descrever. Philip R. Davies é outro proeminente minimalista, para quem a Bíblia deveria ser lida como um produto de seu tempo, e não como um registro histórico. Niels Peter Lemche situa a redação da Bíblia como um produto do período persa e que muitas das histórias que ela contém são baseadas em mitos e lendas anteriores.

Vale a pena notar que a dicotomia maximalista/minimalista não é universalmente aceita, e muitos estudiosos não se encaixam perfeitamente em nenhum dos campos. Além disso, existem outras abordagens aos estudos bíblicos além do maximalismo e do minimalismo, como a crítica literária, a crítica feminista e a crítica pós-colonial, para citar apenas algumas.

Uma abordagem média é a de Israel Finkelstein. Embora não seja um maximalista no sentido estrito, Finkelstein é freqüentemente associado à posição maximalista por causa de sua ênfase no contexto histórico da Bíblia e sua crença de que a narrativa bíblica é baseada em eventos reais.

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