A Oração de Manassés é uma oração curta atribuída ao rei Manassés de Judá. Este pequeno livro apócrifo é uma confissão de pecados e um pedido de perdão. Expressa um profundo sentimento de arrependimento e remorso por ações passadas e um desejo de se reconciliar com Deus. A oração é um exemplo de arrependimento e um lembrete da misericórdia e compaixão de Deus.
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Livro de Tobias
O Livro de Tobias é um livro apócrifo/deuterocanônico que conta a história de Tobit e seu filho Tobias.
A narrativa se passa na Diáspora. É uma história de fé e devoção, onde Tobias embarca em uma jornada com o arcanjo Rafael para quitar uma dívida e encontrar uma esposa.
Siraque
O Siraque, Sirácida, Sabedoria de Jesus Ben Sira ou Eclesiástico, é um livrode sabedoria judaica do Segundo Templo que compartilha semelhanças com livros de sabedoria bíblica e textos dos Manuscritos do Mar Morto.
Em hebraico, o livro tem dois títulos: “As palavras de Simão, filho de Josué, chamado Ben Sira” e “A Sabedoria de Simão, filho de Josué, filho de Eleazar, filho de Sira”.
Embora o livro não tem registrado um uso canônico na tradição judaica, as autoridades rabínicas continuaram a citá-lo no Talmud. No entanto, foi incluído na Septuaginta e é encontrado em todos os principais códices do Antigo Testamento cristão, sendo deuterocanônico para a Igreja Católica. Aparece nas primeiras edições protestantes da Bíblia e é lido entre alguns anglicanos, luteranos e anabatistas com diversos graus de autoridade.
Acredita-se que o autor do livro seja Josué, filho de Eleazar, filho de Sira, e sua possível data de composição é na década de 180 aC.
O livro é estruturado em torno de dois temas principais e inter-relacionados: sabedoria e temor do Senhor. Os ensinamentos são baseados em mašal (provérbios), literatura judaica antiga e observações do mundo. A sabedoria é retratada como uma característica de Deus e uma criação dada ao ser humano, com aspectos universais e particulares. O temor do Senhor baseia-se na guarda dos mandamentos de Deus, e é por meio desse temor que a sabedoria é concedida. A sabedoria está intimamente ligada ao Templo de Jerusalém e à Lei de Moisés, e sua incorporação na Torá a torna acessível.
4 Esdras
O livro de 4 Esdras, também conhecido como o Apocalipse Judaico de Esdras, para não ser confundido com outra obra distinta como o Apocalipse Grego de Esdras e o Apocalipse Latino de Esdras, é um texto pseudepígrafo que consiste em sete visões dadas a Esdras, o escriba. Corresponde aos capítulos 3–14 de 2 Esdras.
As três primeiras visões tratam de questões sobre a justiça de Deus, o cativeiro babilônico e o destino dos justos e injustos. As quatro visões finais são de natureza mais simbólica, tratando do destino de Sião, o quarto reino da visão de Daniel, o triunfo do Messias e a restauração das escrituras.
O livro de 4 Esdras é considerado canônico pela Igreja Etíope e parcialmente aceito por outras tradições cristãs. Foi citado ao longo da história da Igreja como dotado de autoridade. Possui versões gregas, latinas, siríacas, egípcias e armênias. Fez parte dos lecionários dos jacobitas, com uso até na Índia. Embora não apareça nas recensões da Septuaginta, Jerônimo traduziu-o como apêndice da Vulgata. Até mesmo Cristóvão Colombo usou 4 Esdras para apoiar seu apelo por financiamento. Impresso na Bíblia de Zurique, uma versão protestante alemã da Vulgata, os primeiros anabatistas frequentemente o citavam. Aparece em apêndice na Versão King James com o título 2 Ezra. Contudo, não entrou no cânone de Trento para os católicos, que o chamam de 4º Esdras, nem teve total aceitação entre os protestantes, os quais costumavam chamá-lo de 2 Esdras.
A versão etíope usa outro nome: Ezra Sutuel, derivado do fato de que o texto afirma ter sido escrito por ‘Sutuel, também chamado de Ezra’. Sutuel é a tradução etíope de Shealtiel, o nome de um dos filhos do rei Joaquim. Joaquim foi o penúltimo rei de Judá antes de ser conquistado pelos babilônios e foi considerado o primeiro ‘Rei dos Exilados’ na Babilônia. Seu filho Shealtiel foi o segundo ‘Rei dos Exilados’, pois isso se correlaciona com o tempo registrado no Apocalipse judaico de Esdras, o que significa que, se Esdras não fosse Shealtiel, ele pelo menos o conheceria bem, pois Esdras é descrito como sendo o líder da comunidade da Babilônia.
Provavelmente foi escrito por um judeu por volta do ano 100 d.C. Anima seus leitores com a esperança messiânica do esperado “Filho do Homem”. Há influências da escola de Shammai. Nem os textos originais hebraico nem grego existem hoje. Sobreviveram versões em latim, armênio, etíope e georgiano.
Foi um texto importante para fundamentar a doutrina da Queda e do Pecado Original. Em 4 Ed 5:48 diz “Oh tu, Adão, o que fizeste! Pois embora tenhas sido tu quem pecaste, tu não caíste sozinho, mas todos nós que viemos de ti”.
BIBLIOGRAFIA
Oráculos Sibilinos
Os Oráculos Sibilinos são uma coleção de declarações proféticas, escritas em verso hexâmetro grego, que foram atribuídas a várias sibilas, ou profetisas da Grécia e Roma antigas. Os Oráculos Sibilinos foram compilados ao longo de vários séculos, desde o século II aC até o século VII dC, e foram considerados por muitos na antiguidade como divinamente inspirados.
O conteúdo dos Oráculos Sibilinos abrange uma ampla variedade de tópicos, incluindo a criação do mundo, o destino das nações, a vinda de uma figura salvadora e o fim do mundo. Os Oráculos eram frequentemente consultados para orientação em questões políticas e religiosas, sobretudo com uma prática de leitura mântica.
No pensamento judaico, os Oráculos Sibilinos podem ter influenciado o desenvolvimento da literatura apocalíptica. Alguns estudiosos argumentam que os Oráculos contêm ecos de temas escatológicos judaicos, como a ideia de um Messias vindouro e o julgamento final do mundo. Além disso, alguns escritores judeus, como Josefo e Filo, podem estar familiarizados com os Oráculos e incorporá-los em suas próprias obras.
No pensamento cristão, os Oráculos Sibilinos desempenharam um papel significativo na formação das primeiras visões cristãs sobre a natureza de Cristo e o fim do mundo. Os oráculos eram frequentemente citados pelos primeiros escritores cristãos, como Justino Mártir, Clemente de Alexandria e Lactâncio, como evidência da verdade da doutrina cristã. Alguns estudiosos também acreditam que os Oráculos influenciaram o desenvolvimento da literatura apocalíptica cristã, como o Livro do Apocalipse.
Apesar de parte das religiões greco-romanas, as sibilas eram vistas como comunicadoras de Deus por setores judaicos e cristãos. O escritor romano Varro (século I a.C. aC) catalogou dez sibilas, cada uma das quais recebe um epíteto geográfico de acordo com seu suposto local de origem. São elas a Sibila persa, Sibila Líbia, Sibila de Delfos, Sibila Ciméria Sibila de Eritrai, Sibila Sami , Sibila de Cumas, Sibila Helespôntica, Sibila Frígia, Sibila Tiburtina. As sibilas eram consideradas imortais, mas não preservavam a juventude. Viviam em cavernas ou áreas como o oráculo de Delfos.
