A escrita apareceu no Antigo Oriente Próximo por volta de cerca de 3200 a.C. na antiga Suméria, Mesopotâmia. Os hieróglifos egípcios apareceram não muito depois (cerca de 3100 aC). Hieróglifos egípcios e cuneiformes mesopotâmicos foram amplamente utilizados até o surgimento da escrita proto-alfabética, a partir da Idade do Bronze tardia (cerca de 1550–1200 aC).
A popularização da escrita ocorreu na Idade do Ferro (cerca de 1200–500 a.C.) com a escrita consonantal fenícia ou cananeia, também chamada de paleo-hebraica. Dessa escrita, empregada tanto em superfícies duras quanto em papiros e couros, vieram as variantes orientais propagada pelo aramaico e as variantes ocientais propagada pelo fenício. Consequentemente, no Mediterrâneo essa escrita foi adaptada para os alfabetos grego, etrusco, latino e, mais tarde, cirílico. Na vertente oriental, as escritas hebraica assurith, o árabe, o siríaco, as escritas da Índia e o pahlevi persa.
Cedo na Mesopotâmia e Egito se desenvolveu uma cultura escribal. A escrita era monopólio de uma classe letrada de escribas, profissão que geralmente se passava de pai para filho. Os escribas inicialmente trabalhavam em templos e na administração pública, mais tarde surigiram escritórios privados e escolas escribais.
Povos marginais assimilaram parcialmente a escrita, adaptando-as para suas necessidades, como as escritas lineares grega, o ugarítico, o persa, o elamita, as inscrições proto-alfabéticas do Sinai e da região limítrofe do Levante e do Deserto da Arábia.
Os suportes materiais variavam. Enquanto os egípicios escreviam em monumentos e papiros, os mesopotâmicos empregavam tabuletas de argila. O couro também era ocasionalmente empregado, mas seria popularizado com as técnicas de pergaminho desenvolvida durante o período helenístico. Cacos de cerâmicas (óstracas), paredes e rochas também atestam a atividade escrita, com registros epigráficos de grafiti e monumentos.
A Bíblia Hebraica foi composta provavelmente em escrita paleo-hebraica, como ainda hoje a utilizam os samaritanos. No período persa tardio ou no início do período helenista, por influência do aramaico, escribas judeus adotaram a escrita quadrada ou assurith. Alguns exemplos transicionais são encontrados em monumentos e em manuscritos do Mar Morto.
O Novo Testamento foi composto em grego. Os papiros tendem a serem cursivos e os grandes códices em unciais. As minúsculas surgiram a partir do século VIII d.C, permitindo uma cópia mais rápida dos manuscritos.