Em grego Ἡρῴδης Ἀντίπας, (c.25 a.C.-depois de 39 d.C.), era filho de Herodes, o Grande, e de Maltace. Herodes Antipas aparece no Novo Testamento com maior frequência do que qualquer outro membro da família herodiana, sendo referido apenas como “Herodes”.
Os ministérios de João Batista e Jesus ocorreram durante seu governo. É mencionado brevemente (Mc 8:15; Lc 3:1; 8:3; At 13:1), mas foi o interrogador de Jesus depois que Pilatos o enviou (Lc 23:2-15). Lucas registra outro incidente anterior quando Antipas buscava Jesus para matá-lo (Lc 13:31–35). Quando vários fariseus alertaram Jesus, ele chamou Antipas de “raposa”. A igreja primitiva implicou Antipas na morte de Jesus junto com Pilatos, os gentios e o povo de Israel (At 4:25-27).
Educado em Roma, Antipas era o único herdeiro de Herodes, o Grande, mas este antes de morrer mudou seu testamento dividindo seu reino em quatro: a Arquelau, Filipe, Salomé e Antipas. (Josefo Antiguidades 17.188; Guerra Judaica 1.620-646).
Antipas e Arquelau contestaram o testamento e Augusto César nomeou Antipas tetrarca da Galileia e Pereia, onde governou por 43 anos.
Um político astuto e negociador, fundou a cidade de Tiberíades (em homenagem a Tibério) e a povoou com gente pobre e escravos libertos.
A primeira esposa de Antipas era filha de Aretas, rei da Arábia Pétrea. Durante uma viagem a Roma, Antipas se hospedou com seu irmão Herodes II e se apaixonou por Herodias, sua cunhada. O incidente levou à guerra com seu ex-sogro e à morte de João Batista, que censurou a relação adúltera.
Aretas, aproveitando as complicações sucessórias pela morte do imperador Tibério (37 d.C.), tomou posse de Damasco (2 Co 11:32; At 9:25). Talvez coincida com a época quando Paulo voltou da Arábia para Damasco.
Em 39 d.C., o imperador Gaio Calígula nomeou Herodes Agripa como rei do antigo reino de Herodes, o Grande. Então, Herodias convenceu Antipas a ir a Roma e persuadir o imperador a torná-lo rei. Mas, Agripa insinuou a César que Antipas tinha intenção de revolta. Antipas e Herodias foram banidos para Lyon, na Gália e o território de Antipas foi incorporado ao de Agripa (Josefo, Antiguidades Judaicas 18.240-55; Guerra Judaica 2.181-83).