Berenice

Berenice, outras variantes Bernice e Verônica, em hebraico בְּרֵנִיקֵה.

Foi casada com Herodes de Cálcis, irmão de seu pai. Após a morte dele, em 48 d.C., Berenice aparentemente manteve um relacionamento incestuoso com seu irmão, com quem ouviu Paulo enquanto ele era prisioneiro em Cesareia (Atos 25:13-26:30-32). Em 64, ela casou-se com Polomon da Cilícia, mas depois o abandonou para continuar seu caso incestuoso.

Quando Tito Flávio Vespasiano veio para a Palestina, ela tornou-se sua amante e depois o seguiu até Roma, causando um escândalo.

Também é mencionada em Flávio Josefo e sua vida é descrita em detalhes nas obras do historiador romano Tácito.

Joana, esposa de Cuza

Joana, a esposa de Cuza, mordomo de Herodes Antipas ao ser listada como uma das mulheres que “foram curadas de espíritos malignos e enfermidades” que acompanharam Jesus e os apóstolos, e “providenciaram para ele de seus bens” em Lucas 8: 2 -3.

Ela provavelmente era de Séforis (Lc 8:3), cidade a menos de seis quilômetros da pequena aldeia de Nazaré (cuja população variava entre 200 e 400 habitantes). Séforis era uma das cidades capitais de Herodes Antipas na Galileia, Séforis. Esta cidade possuía cerca de 30.000 habitantes. Situada estrategicamente próxima à Via Maris, era um centro de cultura e arte, construída conforme a arquitetura greco-romana.

Joana é citada entre as mulheres mencionadas em Lucas 24:10, que, junto com Maria Madalena e Maria, mãe de Tiago, levaram especiarias ao túmulo de Jesus e encontraram a pedra removida e o túmulo vazio. Os relatos nos outros evangelhos sinóticos não mencionam Joana como parte do grupo de mulheres que observam o sepultamento de Jesus e testemunham sua Ressurreição.

Herodes, o Grande

Herodes I, cognominado de Herodes, o Grande, (Ἡρῴδης, Hērōdēs), foi rei dos judeus de 37 a.C. a 4 a.C. e membro mais prominente da família herodiana.

Filho de um idumeu incorporado ao povo de israel pelos macabeus, Herodes ganhou a simpatia dos seus senhores romanos e foi um rei-vassalo em total lealdade a Roma.

Realizou programas de construção grandiosos, como a reforma do templo de Jerusalém e a construção de Cesareia.

De acordo com Mt 2:1-18, Lc 1:5, o nascimento de Jesus ocorreu enquanto Herodes era rei.

Após a morte de Herodes , Augusto dividiu seu reino. Para Arquelau coube o título de etnarca e metade do território (Judeia, Idumeia e Samaria). A outra metade foi dividida em duas tetrarquias: Antipas recebeu Galiléia e Pereia; Filipe recebeu Bataneia, Traconites e Auranites.

Herodes Antipas

Em grego Ἡρῴδης Ἀντίπας, (c.25 a.C.-depois de 39 d.C.), era filho de Herodes, o Grande, e de Maltace. Herodes Antipas aparece no Novo Testamento com maior frequência do que qualquer outro membro da família herodiana, sendo referido apenas como “Herodes”.

Os ministérios de João Batista e Jesus ocorreram durante seu governo. É mencionado brevemente (Mc 8:15; Lc 3:1; 8:3; At 13:1), mas foi o interrogador de Jesus depois que Pilatos o enviou (Lc 23:2-15). Lucas registra outro incidente anterior quando Antipas buscava Jesus para matá-lo (Lc 13:31–35). Quando vários fariseus alertaram Jesus, ele chamou Antipas de “raposa”. A igreja primitiva implicou Antipas na morte de Jesus junto com Pilatos, os gentios e o povo de Israel (At 4:25-27).

Educado em Roma, Antipas era o único herdeiro de Herodes, o Grande, mas este antes de morrer mudou seu testamento dividindo seu reino em quatro: a Arquelau, Filipe, Salomé e Antipas. (Josefo Antiguidades 17.188; Guerra Judaica 1.620-646).

Antipas e Arquelau contestaram o testamento e Augusto César nomeou Antipas tetrarca da Galileia e Pereia, onde governou por 43 anos.

Um político astuto e negociador, fundou a cidade de Tiberíades (em homenagem a Tibério) e a povoou com gente pobre e escravos libertos.

A primeira esposa de Antipas era filha de Aretas, rei da Arábia Pétrea. Durante uma viagem a Roma, Antipas se hospedou com seu irmão Herodes II e se apaixonou por Herodias, sua cunhada. O incidente levou à guerra com seu ex-sogro e à morte de João Batista, que censurou a relação adúltera.

Aretas, aproveitando as complicações sucessórias pela morte do imperador Tibério (37 d.C.), tomou posse de Damasco (2 Co 11:32; At 9:25). Talvez coincida com a época quando Paulo voltou da Arábia para Damasco.

Em 39 d.C., o imperador Gaio Calígula nomeou Herodes Agripa como rei do antigo reino de Herodes, o Grande. Então, Herodias convenceu Antipas a ir a Roma e persuadir o imperador a torná-lo rei. Mas, Agripa insinuou a César que Antipas tinha intenção de revolta. Antipas e Herodias foram banidos para Lyon, na Gália e o território de Antipas foi incorporado ao de Agripa (Josefo, Antiguidades Judaicas 18.240-55; Guerra Judaica 2.181-83).

Mariamne II

Mariamne II (43 a.C.- 4 a.C.) a terceira esposa de Herodes, o Grande.

Filha de Simão Boeto, um sacerdote de baixo escalão de Alexandria. Morava em Jerusalém e sua fama de a “mulher mais bonita da época” atraiu Herodes. O rei destituiu o sumo-sacerdote Josué filho de Fabete e deu o cargo a Simão Boeto, aumentando seu status para facilitar o casamento.

O casal teve um filho, chamado Herodes II ou Herodes Boeto, que se casou com sua sobrinha, Herodias, e foram pais de Salomé.

Mariamne II foi implicada na conspiração de Herodes Antipater contra seu marido (Herodes) em 4 a.C. Como resultado, Herodes divorciou-se dela e removeu seu pai Simão Boeto do cargo de sumo sacerdote.

Herodianos

Em grego Ἡρῳδιανοί, “seguidores de Herodes”. Talvez um partido ou facção político-religiosa que apoiavam Herodes Antipas.

Aparecem junto dos fariseus na questão do pagamento de impostos a César (Mt 22: 15-22; Mc 12: 13-17).

Aparece em um só outro lugar em Marcos (3:6). Embora em muitas variantes de Marcos 8:15, ao invés “de Herodes” apareça “dos herodianos” (NA28 lista p45 G W Θ f1 f13 28 205 565 1365 l76 l673 l813 l1223 iti itk vgms copsa(mss) arm geo).

Há uma hipótese de que os herodianos seriam os mesmos que os betusianos ou boetusianos, um ramo dos saduceus. Simão filho de Boeto de Alexandria ou o próprio Boeto foi feito sumo sacerdote por volta de 25 ou 24 a.C. por Herodes, o Grande, para casar-se com sua filha Mariamne (Josefo, Antiguidades Judaicas 15.9.3; 19.6.2.

Herodes Agripa I

Herodes Agripa I, neto de Herodes o Grande e governante da Palestina de 41 a 44. Perseguiu os primeiros cristãos e, de acordo com At 12, foi o responsável pela decapitação de Tiago, filho de Zebedeu, e pela prisão de Pedro (At 12: 1-4). Sua morte, comido de bichos, teria sido em retribuição à sua impiedade (At 12:20-23).

Antípater I

Antípater I, o Idumeu [(c.113-43 aC) foi o fundador da dinastia herodiana e pai de Herodes, o Grande.

Filho de um líder idumeu (como os edomitas eram conhecidos na época) converitido forçosamente ao judaísmo no período dos macabeus, ganhou poder ao fazer aliança com os romanos.

Antípater tornou-se um poderoso oficial sob os últimos reis asmoneus e, posteriormente, tornou-se cliente do general romano Pompeu, o Grande.

Quando Júlio César derrotou Pompeu, Antípater resgatou César em Alexandria e foi nomeado ministro-chefe da Judéia, com o direito de coletar impostos.

Herodes de Cálcis

Herodes de Cáclcis (m.48-49 dC) ou Herodes Pollio Rei de Chalcis, é chamado de Herodes V, ou Herodes II.

Membro da familia herodiana, era filho de Aristóbulo IV e neto de Herodes, o Grande, rei cliente romano da Judeia. Era irmão de Herodes Agripa I e Herodias.

Foi o governante de Cálcis, na Síria (7 a.C. – 48 d.C.).

Filipe, o Tetrarca

Filipe, o Tetrarca (c. 26 aC – 34 dC), às vezes convencionalmente chamado de Herodes Filipe II.

Filho de Herodes, o Grande, e sua quinta esposa, Cleópatra de Jerusalém.

Augusto fez sua própria divisão do reino de Herodes, dando um quarto a Filipe. Ele reinou de 4 aC a 34 dC em Iturea, Gualanitus, Batanea, Traconitis e Aurantis, área no norte da atual Jordânia e no sul da Síria.

Ele era meio-irmão de Herodes Antipas e Herodes Arquelau e não deve ser confundido com Herodes II, a quem também é referido como Herodes Filipe I.

É mencionado em Lucas 3:1.