Elizabeth Baxter

Mary Elizabeth Foster Baxter (1837-1926) escritora, missionária e biblista britânica.

Nasceu em uma família de quakers em Worcestershire, na Inglaterra. Converteu-se aos 21 anos e dedicou-se ao ministério evangelístico. Juntou-se à Mildmay Mission, centro de diaconia e de treinamento de diaconisa, entre 1866 e 1868.

Casada com Michael P. Baxter em 1868, foram pais de Michael Paget Baxter. O casal fundou a Casa Bethshan em 1880 para cuidar da cura do corpo e da alma. Foram influenciados por Andrew Murray, D. L. Moody e Ira Sankey. Em razão disso, participaram ativamente do movimento “Higher Christian Life”, promovido por William E. Boardman e difundido pela Convenção de Keswick.

O casal apoiava as campanhas de Moody na Inglaterra, publicando um pequeno jornal chamado “Signs of Our Times”. O jornal expandiu-se e adotou um novo nome, “The Christian Herald”.

Em viagem em férias à Suíça, o casal começou a realizar reuniões evangelísticas. Durante uma viagem na Alemanha, Elizabeth teve a experiência de ser capaz de pregar em alemão o suficiente para ser entendida, embora ela soubesse apenas poucas palavras do idioma. Nesse período, Elizabeth conheceu o pastor Otto Stockmayer, Samuel Zeller e teve contato com as obras de Dorothea Trudel e Johann Blumhardt.

Em 1886, os Baxters abriram uma casa de treinamento missionário, formando centenas de missionários. Estabeleceram as Missões Gerais Kurku e Central Hills e Ceilão e Índia na Índia. Na década de 1890, Elizabeth viajou pelo Canadá e pelos Estados Unidos. Em 1894, também conheceu e tornou-se amiga de Carrie Judd (mais tarde Montgomery), que havia aberto sua própria casa de recuperação em Nova York. Mais tarde, viajaria para as missões na Índia.

Publicou mais de quarenta livros, além de tratados volantes e panfletos. Seu Women in the Word (1897) faz um panorama com vários perfis de mulheres nas Escrituras.

BIBLIOGRAFIA

“Baxter, Elizabeth (1837-1926).” Handbook of Women Biblical Interpreters, 2012, Handbook of Women Biblical Interpreters, 2012.

Marion Ann Taylor. “Anglican Women and the Bible in Nineteenth-century Britain.” Anglican and Episcopal History 75, no. 4 (2006): 527-52.

Narveson, Kate.  Bible Readers and Lay Writers in Early Modern England. Routledge, 2016.

Robins, Roger Glenn. “Evangelicalism before the Fall: The Christian Herald and Signs of Our Times.” Religions 12, no. 7 (2021): 504.

Taylor, Marion Ann, and Heather Weir. Women in the Story of Jesus. Grand Rapids: Wm. B. Eerdmans Publishing, 2016.

https://www.actsamerica.org/biographies/2014-01-Elizabeth-Baxter.html

https://healingandrevival.com/BioEMPBaxter.htm

A. B. Simpson

Albert Benjamin Simpson (1843-1919) foi um pregador e pioneiro das missões urbanas.

Simpson nasceu na Ilha do Príncipe Edward, nas províncias do Atlântico, atual Canadá, mas viveu boa parte de sua vida em Nova York.

Originalmente um ministro presbiteriano em uma prestigiosa congregação nova iorquina, renunciou sua posição para desenvolver seu ministério entre migrantes italianos. Considerava parte da obra missionária o evangelismo e a assistência social.

Diante de suas experiências de fé, passou a proclamar que Cristo era Salvador, Santificador, Curador e Rei vindouro — o que resumidamente é chamado de evangelho quadrangular ou quádruplo pentecostal.

Simpson era um exponte das doutrinas da regeneração por obra de Cristo, conforme expressas no movimento de Vida Superior e no Movimento de Kewsick. Assim, efantizava que a obra de Cristo implicava no batismo no Espírito Santo e que na expiação também estava incluída a regeneração da saúde física. Essa obra afetaria também uma santificação compelida pelo Espírito Santo.

Foi fundador da sociedade missionária, depois efetivamente organizada em uma denominação, a Christian & Missionary Alliance (Aliança Cristã e Missionária).

Foi mentor de Michele Nardi e outros missionários independentes. Seria, assim um precursor da obra pentecostal, com a qual manteve conexões. Em sua hospedaria estiveram T. B. Barratt, pioneiro da obra pentecostal na Escandinávia e provavelmente Ivan Voronaev, pioneiro nos países eslavos. No entanto, a Aliança Cristã e Missionária tomou a posição de não proibir ou não incentivar o exercício dos carismas, especialmente o de falar em línguas.